Novo Banco: PR considera solução “importante” dentro das “menos más”
O Presidente da República considerou hoje "importante" a solução de venda do Novo Banco ao grupo norte-americano Lone Star, num quadro em que já só existiam "soluções menos más".
O Presidente da República considerou hoje “importante” a solução de venda do Novo Banco ao grupo norte-americano Lone Star, num quadro em que já só existiam “soluções menos más”.
“É importante para os mercados e para o sistema financeiro português, é estabilizador. É importante que seja o Fundo de Resolução e não o Estado, portanto incluindo os outros bancos, ir acompanhando os chamados ativos problemáticos, as eventuais perdas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma homenagem às atrizes Laura Soveral e Adelaide João, na Casa do Artista, em Lisboa.
A operação foi conhecida na sexta-feira, após anúncio do Banco de Portugal e do Governo socialista. A venda de 75% do banco originado pela resolução do BES não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo “uma solução equilibrada”, segundo o primeiro-ministro.
“Quanto ao resto, já não havia boas soluções. Foi um processo que nasceu complicado. Em três anos houve três gestões. Foram feitas várias tentativas de venda sem sucesso, nomeadamente em 2015. Portanto, o que havia era soluções menos más e que tinham de ser concertadas com a Europa”, continuou o Chefe de Estado.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “neste quadro, é bom que tenha havido solução, que essa solução, na parte mais complicada, recaia sobre os bancos, como vinha do Governo PSD/CDS e não sobre o Estado, através de uma garantia, que não existe”.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu na sexta-feira que foi estudada a hipótese de o Novo Banco ser nacionalizado, mas advogou que essa opção, a ser implementada, implicaria encargos para os contribuintes de até 4,7 mil milhões de euros.
O grupo norte-americano de fundos de investimento Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020, anunciou o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, na sexta-feira, confirmando a venda e assinatura dos documentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.
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