BPI sobe juros dos depósitos “em breve”. Estado não devia pagar tanto nos certificados, diz CEO

João Pedro Oliveira a Costa prometeu novidades para “breve” no que toca à remuneração dos depósitos. E diz que Estado não devia pagar tanto nos Certificados de Aforro.

O BPI prepara para “breve” o aumento dos juros dos depósitos, adiantou o CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa. Ao contrário do concorrente, não quer que os clientes tirem as poupanças do banco para os Certificados de Aforro. E critica a alta remuneração que o Estado dá neste produto.

“Não queremos que os nossos clientes vão para os Certificados de Aforro. (…) Não seria necessário Estado pagar tanto, mas entendo o incentivo para a poupança”, disse Oliveira e Costa esta sexta-feira na apresentação dos resultados anuais. O BPI lucrou 365 milhões de euros em 2022, uma subida de quase 20% em relação ao ano anterior.

Na véspera, questionado sobre o tema dos juros dos depósitos, o presidente do Santander Totta referiu que os portugueses têm alternativas para as suas poupanças. “Olhem para os Certificados de Aforro”, atirou Pedro Castro e Almeida. Em fevereiro, as novas subscrições de Certificados de Aforro contam com uma taxa de juro de 3,403%. A alta remuneração está a provocar uma corrida a este produto de poupança do Estado.

Sobre a subida dos juros dos depósitos, João Pedro Oliveira e Costa revelou que “em breve, com uma gestão prudente, iremos remunerar os depósitos a prazo”. “O banco não está desatento”, disse o gestor.

Ainda assim, adiantou que, apesar de não remunerar as poupanças dos seus clientes, o BPI “não tem sentido saída de depósitos, o que demonstra alguma vontade dos clientes em manter as poupanças no banco”, disse Oliveira e Costa. No final do ano passado, os clientes tinham mais de 30 mil milhões depositados no banco, um aumento de 5% em relação ao ano anterior.

(Notícia atualizada às 13h32)

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