Ir fora para trazer para dentro
Somos um bom mercado para teste de novas soluções que apontam aos problemas sociais e ambientais que afetam toda a humanidade – de Portugal para o Mundo.
A maioria das startups sabe o impacto que quer alcançar, mas não sabe como fazê-lo, nem como medi-lo. A sua missão é em parte impactar a sociedade, quer seja a nível social, ambiental ou económico – essa parte é simples, aliás, até está no seu pitch deck -, contudo, normalmente é algo pouco palpável e abstrato. É a partir daqui, que a Casa do Impacto tem um papel muito importante de facilitador do acesso das pessoas com ideias de impacto às ferramentas necessárias, para que essas ideias saiam do papel e comecem efetivamente a impactar positivamente os outros.
Só é possível medir o impacto de alguns com o apoio de todos. Não podem ser apenas as startups de impacto as células propulsoras de questões de diversidade, equidade, inclusão e sustentabilidade, é necessário chamar outras empresas, de várias dimensões, a atuarem. Pretende-se que as organizações corporativas passem a ser membros responsáveis dentro da sociedade e que tenham esses mesmos valores em conta – é o advento dos ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa). E é nesse sentido que a Casa do Impacto tem vindo a potenciar uma visão mais ampla da sua atuação, procurando envolver e chamar para o ecossistema de impacto todo o tipo de organizações da sociedade civil, do setor público a iniciativas dos cidadãos, para que o impacto passe a ser um pilar central da sociedade e no tecido empresarial português, caminhando para posicionar Portugal como uma referência do Impacto na Europa.
No âmbito da nossa estratégia de divulgação dos programas que disponibilizamos para startups de impacto – +Plus, RISE, Santa Casa Challenge e Triggers, – está uma vontade de alargar horizontes de atuação. O início de 2023 ficará, assim, marcado pelo regresso do Roadshow da Casa do Impacto, com a promoção de várias iniciativas em oito cidadesportuguesas e uma paragem internacional, em Londres, de 7 a 10 de fevereiro. O grande objetivo ao irmos para fora é trazermos para dentro das nossas portas projetos de outras culturas de inovação, parcerias e, sobretudo, ampliarmos o leque de oportunidades e de instrumentos de inovação.
Porquê Londres? Das 100 melhores startups de impacto, 10% estão baseadas no Reino Unido, a operar nos setores de Healthtech, Fintech, Biotech e Climatech. A maioria das startups de impacto nasce nos mesmos ecossistemas que os unicórnios ou scaleups, por isso, fez sentido alcançarmos um dos primeiros hubs de empreendedorismo do mundo.
Na paragem na capital britânica, organizada em parceria com a London School of Economics, parceiro através da iniciativa LSE Generate, estão a desenhar-se eventos para dar a conhecer à comunidade de inovadores e empreendedores de impacto de Londres algumas das iniciativas promovidas pelos organismos portugueses que posicionam Portugal como um local atrativo para esta comunidade desenvolver os seus projetos e inovações. Apesar da diversidade dos desafios societais que enfrentamos, têm uma escala pequena devida à dimensão do nosso país quando comparados com outros mercados.
Somos, por isso, um bom mercado para teste de novas soluções que apontam aos problemas sociais e ambientais que afetam toda a humanidade – de Portugal para o Mundo.
São várias as iniciativas que vamos desenvolver em Londres, para atrair talento, conhecer novas soluções e para “dar palco” para as startups de impacto que connosco fazem o caminho para a sustentabilidade, como um workshop de financiamento e rondas de investimento com a Goparity, uma talk sobre o ecossistema empreendedor de impacto em Portugal com a AICEP e também um seminário “Tech for Good”.
Ajudar as organizações públicas e privadas a colocar o impacto no centro da tomada de decisões, com a necessária abertura ao exterior quer para promoção quer para atração de talento e investimento, vai gerar a mudança de paradigma necessária na sociedade para que um futuro melhor se torne realidade.
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