Dona da FlixBus assume viagens mais caras em 2022
Grupo alemão de mobilidade conseguiu operações rentáveis em 2022, depois das dificuldades lançadas pela pandemia. Espera aumento das receitas de pelo menos 20% em 2023.
As viagens da FlixBus ficaram mais caras em 2022. O grupo alemão Flix, que detém a empresa de mobilidade assumiu que teve de repercutir nos consumidores parte da subida dos custos da energia ao longo do último ano. Apesar disso, o grupo Flix voltou a ter operações rentáveis em 2022 e espera um aumento de receitas de pelo menos 20% em 2023.
“Os nossos consumidores sentem que o dinheiro está a escassear e que há inflação. Queremos manter-nos a forma mais acessível de viajar. No entanto, claro que houve subidas de custos, que afetaram a nossa base de preços. Não estamos independentes da inflação dos produtos energéticos para os combustíveis e a energia para os comboios. Tivemos de passar parte dos custos para os consumidores”, assumiu o presidente executivo da Flix, André Schwämmlein, em conferência de imprensa esta terça-feira.
O gestor, no entanto, afastou mais subidas de preços para 2023: “temos de usar a tecnologia para tornar as nossas operações ainda mais eficientes e manter os preços tão baixos quanto possível“.
Em 2022, o grupo Flix transportou mais de 60 milhões de passageiros, mais do dobro (+113%) do que em 2021. Além do regresso da procura dos viajantes pelo fim das restrições pandémicas, o crescimento deveu-se à entrada em novos mercados, como o Canadá, e à consolidação das apostas no Brasil e nos Estados Unidos.
Também no último ano, as receitas da dona da Flixbus triplicaram para mais de 1,5 mil milhões de euros e as operações foram rentáveis, o que não tinha acontecido em 2021, por exemplo. Para este ano, a empresa conta com um aumento da faturação de pelo menos 20%. Irá ainda entrar num novo mercado, no Chile, na segunda metade de 2023.
Apesar das dificuldades geradas pela Covid-19 em 2020 e 2021, o grupo Flix garante estar para durar no mercado dos transportes coletivos. “Não temos esta empresa para depois a vender. Estamos cá para os próximos 100 anos. Queremos ser uma empresa totalmente global”, ambiciona André Schwämmlein.
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