Ajuda financeira à Ucrânia de 250 milhões de euros já não será paga

  • ECO
  • 24 Fevereiro 2023

Portugal compromete-se agora apenas com uma garantia de 55 milhões de euros para alavancar o financiamento conjunto da UE ao Orçamento ucraniano, sem prestar assistência bilateral.

Em visita à Ucrânia, em maio do ano passado, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou uma ajuda financeira de 250 milhões de euros ao país. Porém, este apoio afinal já não será pago e não haverá qualquer ajuda financeira bilateral, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). O compromisso transformou-se afinal na concessão de uma garantia de cerca de 55 milhões de euros, no âmbito do financiamento conjunto dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) de 6.000 milhões de euros.

Os dados compilados até aqui pelo Ministério das Finanças da Ucrânia, assim como aqueles que são recolhidos em levantamentos internacionais sobre as ajudas ao país, continuam a não mostrar a chegada a território ucraniano de qualquer valor de Portugal. Os 250 milhões de euros, que seriam transferidos em dois montantes (um de 100 milhões e o outro de 150 milhões), chegaram a figurar no bolo de mais de 64 mil milhões de euros de ajudas financeiras internacionais a Kiev, mas já não deverão chegar.

Ao jornal, o Ministério das Finanças português indica que, ao contrário do que sugeriram os governos de Lisboa e Kiev, não haverá qualquer ajuda financeira bilateral. “Portugal assumiu o compromisso de emissão de uma garantia de cerca de 55 milhões de euros”, mas no âmbito do “montante global estabelecido no quadro da União Europeia”, explica. Ou seja, Portugal não entra com qualquer valor para além daqueles que estão previstos no orçamento dos 27 Estados-membros da UE.

No entanto, também nesta sexta-feira, o gabinete de Fernando Medina indicou que o contributo português em 2022 foi de 90 milhões de euros: “55 milhões beneficiaram de uma garantia adicional do Estado português, enquanto os restantes 35 milhões estão associados à participação portuguesa nos mecanismos de financiamento regulares da União Europeia”, referiu o ministério em comunicado.

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