Putin não vai alcançar objetivos imperialistas, assegura o chanceler alemão

  • Lusa
  • 24 Fevereiro 2023

O chanceler alemão, Olaf Scholz, assegurou que Vladimir Putin, "não vai alcançar os seus objetivos imperialistas" na Ucrânia, numa mensagem que assinala o primeiro aniversário da invasão.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, assegurou esta sexta-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, “não vai alcançar os seus objetivos imperialistas” na Ucrânia, numa mensagem que assinala o primeiro aniversário da invasão russa ao país vizinho.

“Quanto mais cedo o Presidente russo perceber que não vai alcançar os seus objetivos imperialistas, maiores serão as hipóteses de haver um fim rápido da guerra”, avisou. E acrescentou que “Putin tem todas as cartas na mão. Ele pode acabar com esta guerra”. Scholz sublinhou ainda que que “o Presidente russo falhou”, já que “apostou na divisão e aconteceu o contrário”.

Segundo o chanceler alemão, “a Ucrânia está mais unida do que nunca” e “a União Europeia está solidária”, incluindo Berlim.

“A determinação e coragem dos ucranianos em defender a sua liberdade impressionam-nos a todos. A Alemanha vai apoiar, enquanto for preciso e com toda a força necessária“, garantiu o ainda chefe do Governo alemão. No entanto, adiantou Scholz, a Alemanha fará “tudo para evitar uma escalada da guerra entre a Rússia e a NATO” (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Scholz saudou também o facto de o seu país, que era particularmente dependente do abastecimento de hidrocarbonetos de Moscovo antes da guerra, “se ter livrado da energia russa em apenas um ano”. “Temos gás e petróleo suficientes e a economia não está em recessão profunda”, congratulou-se Olaf Scholz.

Berlim tem, desde o início da guerra na Ucrânia, apostado fortemente no gás liquefeito, sobretudo com origem nos Estados Unidos, em substituição do gás russo que representava, antes do conflito, mais de 55% das importações desta fonte de energia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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