Portugal continua na cauda da Europa no e-commerce
Ranking do Eurostat com dados de 2022 coloca Portugal nos cinco países da União Europeia em que foi menor a percentagem de utilizadores de internet que compraram produtos ou serviços online.
Os portugueses continuam na cauda da Europa no que toca ao e-commerce. Dados compilados esta terça-feira pelo Eurostat, referentes ao ano passado, colocam Portugal como um dos cinco países da União Europeia onde foi menor a percentagem de cidadãos que fizeram compras online entre os acedem à internet.
A informação do gabinete de estatísticas europeu põe em destaque o atraso nacional na adoção do comércio online, mesmo depois do impacto da pandemia. Em 2021, apenas 62% dos portugueses inquiridos que usaram internet nos 12 meses antes do inquérito indicaram ter adquirido produtos ou serviços para uso pessoal nesse período. A base de dados do Eurostat não mostra a percentagem para 2022, mas um gráfico divulgado esta terça-feira, que compara a evolução na última década, coloca Portugal entre os cinco mais atrasados nesta tendência.
Percentagem de inquiridos que compraram produtos ou serviços online em 2012 e 2022 entre os que disseram ter usado a internet nos 12 meses anteriores ao questionário:
A saber, só os internautas italianos, cipriotas, romenos e búlgaros tiveram pior desempenho do que os portugueses neste indicador. A média europeia aproximou-se dos 80%, mas na Holanda e na Dinamarca, a percentagem de e-shoppers por pouco não chegou aos 100%.
A informação disponível também mostra que roupa, calçado e acessórios continua a ser a categoria de produtos mais vendidos pela internet na União Europeia, seguindo-se as entregas de refeições ao domicílio. O pódio tem ainda os cosméticos e produtos de beleza na terceira posição. Além disso, a tendência aponta para uma clara preferência nas compras online de produtos, em detrimento dos serviços.
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