Dona da Centrum dá licença parental paga de mais seis meses a todos os colaboradores

A medida, que abrange os 80 colaboradores da Haleon em Portugal, aplica-se desde o início do ano. Estende para 182 dias a licença parental paga.

Mariana Real Carvalho, general manager Haleon

A Haleon, a dona de marcas como a Sensodyne ou a Centrum, aumentou para mais de seis meses (26 semanas, um total de 182 dias) a licença parental paga a todos os colaboradores. A nova política de recursos humanos, “Licença Parental Global”, contempla ainda licença paga para situações de interrupção espontânea da gravidez e de nascimento sem vida. A medida, que abrange os 80 colaboradores da companhia em Portugal, aplica-se desde o início do ano.

O prolongamento da licença parental paga na companhia surge depois de no Parlamento terem sido votadas novas regras no Código de Trabalho para a licença parental obrigatória do pai, de 20 dias úteis para 28 dias seguidos ou interpolados. A companhia nega que esta tenha tido impacto na tomada de decisão.

“A nossa política foi desenhada muito antes das recentes alterações legais em Portugal”, garante Mariana Real Carvalho, general manager da Haleon Portugal, em declarações à ECO Pessoas. “Não é uma ação política, trata-se de dar aos colaboradores flexibilidade e tempo para aproveitar os primeiros dias com os seus filhos. É consistente com os nossos valores, como empresa e como empregador responsável e está ligado ao nosso propósito de entregar melhor saúde todos os dias com humanidade”, reforça.

A companhia que atua na área de consummer health — detém marcas como Voltaren, Parodontax ou Corega — passou a conceder uma licença parental paga de mais de 6 meses (26 semanas, um total de 182 dias), disponível a todos os colaboradores, “independentemente do sexo, orientação sexual, antiguidade ou tipo de contrato, seja ele de nascimento convencional, de substituição, de adoção ou de acolhimento”, precisa a companhia.

Caso ambos os novos pais trabalhem na companhia podem usar em simultâneo a licença. A atual Lei permite um máximo entre 120 a 150 dias consecutivos de licença parental exclusiva (da mãe ou pai), paga a 100% ou 80%.

Não é uma ação política, trata-se de dar aos colaboradores flexibilidade e tempo para aproveitar os primeiros dias com os seus filhos. É consistente com os nossos valores, como empresa e como empregador responsável e está ligado ao nosso propósito de entregar melhor saúde todos os dias com humanidade.

Mariana Real Carvalho

General manager da Haleon Portugal

A nova política de RH da Haleon prevê ainda licenças especiais em situações de interrupção espontânea da gravidez — “um mínimo de 4 semanas de licença retribuída” — e em situação de nascimento sem vida (nado morto). Neste caso, os colaboradores têm direito a um total de 26 semanas.

Esta nova política de RH pode ser solicitada a partir de 1 de janeiro de 2023, podendo ser “utilizada tanto continuamente como em períodos diferentes, ao longo dos primeiros 12 meses”, permitindo ao colaborador gerir o seu tempo nesta fase da sua vida. A companhia “complementará os subsídios da Segurança Social até 100% do salário dos colaboradores.”

Melhor equilíbrio vida-trabalho

“Queremos incentivar os nossos colaboradores a usufruir de um bom equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, apoiando-os nas suas decisões de vida, com base numa perspetiva equitativa, inclusiva e diversificada”, reforça Mariana Real Carvalho.

A companhia não revela o investimento que esta medida poderá implicar. “Não podemos divulgar este tipo de pormenores. Na Haleon, ponderámos os custos versus o investimento e o que era melhor para os nossos colaboradores. Queremos ser um empregador de referência e acreditamos que políticas inclusivas (como esta) ajudar-nos-ão a atrair e a reter grandes talentos”, argumenta a general manager.

“Na Haleon, temos o compromisso de dar oportunidades iguais a todos, independentemente do género. Estamos a criar uma empresa com um equilíbrio sustentável entre a vida profissional e pessoal“, refere a responsável quando questionada sobre outras medidas de promoção de paridade de género.

“Neste caso reforçamos o tema da parentalidade, dando a oportunidade aos nossos colaboradores, para se concentrarem na criação de uma família, sabendo que as suas carreiras Haleon podem continuar a florescer. A promoção de um ambiente inclusivo é um pilar fundamental da nossa estratégia mais ampla de diversidade, equidade e inclusão. Esta política e as futuras que vierem, refletem a intenção da Haleon de assumir uma posição de liderança como empregador de preferência, criando igualdade para todos (independentemente do género, idade, orientação sexual, religião…)”, continua.

A companhia tem um modelo híbrido de trabalho e dá aos colaboradores a possibilidade de dedicar um dia do seu trabalho ao voluntariado à sua escolha, cobrindo a empresa 100% do seu salário. Como parte da sua estratégia de Diversidade, Equidade e Inclusão, a companhia tem vindo a expandir o Programa de Assistência ao Empregado, que “oferece serviços de apoio, 24 horas por dia, sete dias por semana, sem custos e garantindo o anonimato”.

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