Da literacia empreendedora à transição geracional. Conheça as “recomendações” dos jovens empresários ao Governo

Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) apresentou ao secretário de Estado da Economia uma “carta de recomendações”, divididas por seis “premissas” para uma política pública para a juventude.

Criar, atrair e reter talento; diminuir a burocracia; aumentar a participação cívica e empresarial dos jovens; conferir literacia financeira e empreendedora nas escolas; comunicar com e para os jovens; e realizar a transição geracional dos decisores. Estes são alguns dos problemas identificados como “urgentes” pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e que devem ser “premissas” para uma política pública para a juventude.

A associação que acaba de contratar um ex-assessor de Fernando Medina para diretor executivo e que se apresenta como a “instituição pioneira na promoção do empreendedorismo jovem” em Portugal, apresentou esta quarta-feira na Casa de Santa Maria, em Cascais, uma “carta de recomendações” ao novo secretário de Estado da Economia, Pedro Cilínio. Confira as propostas da ANJE para cada uma destas seis áreas de atuação.

Criar, atrair e reter talento

  • Benefícios fiscais para as empresas na contratação dos jovens qualificados;
  • Incentivos à mobilidade dos jovens em território nacional;

Diminuir a burocracia

  • Criação de uma plataforma num conceito de “explicador” integrando todas as necessidades de uma jovem empresa, incluindo a criação, financiamento e aspetos legais;
  • Constituição de uma comissão interdisciplinar entre organismos do Estado, entidades que representam os jovens e os jovens empresários para estudar e propor novas formas de relação entre ambos;

Aumentar a participação cívica e empresarial dos jovens

  • Criação de uma rede internacional de municípios, ligados para promover o empreendedorismo jovem, através de uma plataforma que integra o compromisso de todo o ecossistema empreendedor e as políticas de incentivo ao empreendedorismo jovem dos municípios; tudo com vista à integração de esforços e à certificação das políticas juvenis e empreendedoras locais.
  • Criação de uma plataforma de participação dos jovens, focada no digital, onde os mesmos possam interagir com os decisores, nomeadamente o desenvolvimento de um Concurso de Empreendedorismo Nacional Anual para Jovens, através de uma plataforma digital técnico-pedagógica educativa, composta por programas de aceleração com jovens empreendedores inspiradores, com a atribuição de prémios para alavancar os projetos vencedores, entre outros. Não existe nenhum concurso deste género para jovens, em que haja um programa de aceleração para estimular valências empreendedoras e a ANJE disponibiliza-se desde já para desenvolver essa plataforma em conjunto com o Governo e com stakeholders nacionais na área do Empreendedorismo.
  • Criar um programa nacional de financiamento e levantamento de capital que permita os jovens criarem as suas empresas e realizarem a transferência de conhecimento.

Conferir literacia financeira e empreendedora nas escolas

  • Um contrato programa com entidades para a educação de jovens em contexto escolar, desde o 1º ciclo do ensino básico até ao ensino universitário, em questões de empreendedorismo e literacia financeira, focado em ensinar a elaborar planos de negócio, dominar as ferramentas básicas de gestão, ter noção da lógica do mercado, desenvolver a sua criatividade e ser inovador, assumir riscos e saber gerir o sucesso e o insucesso.

Comunicar com e para os jovens

  • Introduzir o empreendedorismo como um dos principais vetores do Plano Nacional para a Juventude;
  • Desenvolver um programa nacional para alteração da forma de comunicação das entidades públicas com os jovens, envolvendo os próprios jovens a desenvolverem este programa.

Realizar a transição geracional dos decisores

  • Acelerar a transição geracional na sociedade portuguesa para, por um lado, rentabilizar melhor as competências especializadas dos jovens e a sua maior disponibilidade para o risco, a inovação e a criatividade e, por outro, para que os anseios e expectativas das novas gerações sejam devidamente acautelados. Não se trata de promover uma rutura entre gerações, mas sim de dar maior diversidade geracional aos centros de decisão.
  • No caso das empresas há todo o interesse em integrar profissionais de diferentes faixas etárias, de modo a tirar partido da pluralidade de perfis sociais, comportamentais e culturais que cada geração representa. Esta diversidade geracional favorece a produtividade, a transmissão de conhecimentos e competências, a boa tomada de decisões, a motivação profissional e o compromisso com a empresa, a tolerância e abertura a novas ideias, a qualidade da organização interna e a cultura laboral.

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