Lucro dos CTT cai 5,2% para 36,4 milhões de euros em 2022. Dividendo de 12,5 cêntimos por ação
No último ano, os Correios registaram um recuo de 5,2% nos lucros quando comparado com 2021. Banco CTT contribuiu com 126 milhões de euros (+27,4%), ancorado no crescimento da carteira de crédito".
Os CTT encerraram 2022 com um resultado líquido de 36,4 milhões de euros, o que representa uma queda de 5,2% face ao ano anterior. Em comunicado enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo indica ainda que os rendimentos operacionais cresceram 6,9%, para 906,6 milhões de euros, face a 2021.
A empresa de correios refere que vai propor aos acionistas o pagamento de um dividendo de 12,5 cêntimos por ação, considerando que este valor “representa a rentabilidade de dividendo de aproximadamente 4,1% e um rácio de payout de aproximadamente 47,7%”.
A maioria das receitas dos CTT foi gerada pelos correios, correspondendo a 460,9 milhões de euros, o que espelha um aumento de quase 3,7% em relação a 2021. Este segmento foi “positivamente influenciado” pelo crescimento do negócio de soluções empresariais (mais 38,2 milhões) e penalizado pelo decréscimo acentuado dos rendimentos do correio internacional de entrada (menos 12,6 milhões).
Apesar do “contexto económico desafiador”, o negócio do correio expresso e das encomendas registou uma subida ligeira de 1,3%, para 259 milhões de euros, ao longo do último ano.
Já o Banco CTT contribuiu com 126 milhões de euros, traduzindo um aumento homólogo anual de 27,4% ancorado “no crescimento da sua carteira de crédito”, enquanto os serviços financeiros e retalho geraram receitas de 60,7 milhões de euros, ou seja, 24,2% acima do apurado em 2021.
Apesar da queda dos resultados líquidos, 2022 ficou marcado por um aumento dos gastos com pessoal, que cresceram em 5 milhões de euros, isto é, mais 1,4% em comparação com o ano anterior. Os CTT indicam que este aumento aconteceu, sobretudo, na área de negócio de correio e outros, devido à aquisição da NewSpring Services.
No total, o grupo contava com 12.506 funcionários no dia 31 de dezembro de 2022, menos 102 (-0,8%) do que um ano antes. “Verificou-se um decréscimo de trabalhadores/as na área de negócio de Correio e Outros (-254), onde se têm desenvolvido projetos que visam o aumento da produtividade das operações, através da adaptação da rede ao novo perfil de tráfego reduzindo a necessidade de contratação suplementar”, lê-se no comunicado.
Os gastos operacionais, por outro lado, aumentaram 8,2% face a 2021, situando-se nos 850,5 milhões de euros. “Os itens específicos ascenderam a uma perda líquida de 8,4 milhões, o que compara com um ganho líquido de 1,8 milhões”, detalha a empresa. Esta categoria divide-se entre custos de reestruturação do centro corporativo de cinco milhões, que “incluem sobretudo acordos de suspensão de contratos de trabalho, custos associados a projetos estratégicos no montante de 4,3 milhões e ganho líquido não recorrente de 0,9 milhões”.
O EBIT recorrente (resultados antes de juros e impostos) fixou-se em 64,5 milhões de euros, o que equivale a um crescimento de 4,4% face ao ano anterior. O cash flow operacional da empresa aumentou 37,8 milhões, para 99,6 milhões de euros, em relação a 2021.
(Notícia atualizada pela última vez às 19h05)
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