Correio fica mais caro. CTT sobem preços em 6,58% esta quarta-feira

CTT aumenta esta quarta-feira em 6,58% os preços do cabaz de serviços de correspondências, correio editorial e encomendas, em linha com a fórmula combinada com Anacom e Direção-Geral do Consumidor.

Os preços do correio aumentam esta quarta-feira, dia em que os CTT CTT 0,23% efetivam a atualização de 6,58% prevista desde o final de janeiro. A subida resulta da inflação e da queda do tráfego do correio.

“Os CTT informam que a atualização dos preços do cabaz de serviços de correspondências, correio editorial e encomendas ocorrerá a partir de 1 de março de 2023, correspondendo a uma variação média anual do preço de 6,58%”, referiu a empresa num comunicado. “Enquadrada na política tarifária da empresa para o ano de 2023, a presente atualização corresponde a uma variação média anual dos preços de 6,24%, refletindo também o efeito da atualização dos preços especiais do correio em quantidade”, acrescentou.

A subida resulta da aplicação de uma fórmula que foi acordada entre os CTT, a Anacom e a Direção-Geral do Consumidor e que pondera diversas variáveis. A mais relevante é a “taxa de variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços do Consumidor a terminar em junho do ano anterior (2022)”, no valor de 4,05%. É ainda ponderada uma queda de 3,61% no tráfego do correio.

Esta atualização insere-se no serviço postal universal, que é concessionado pelo Estado à empresa privada. Segundo o presidente executivo dos CTT, João Bento, o impacto destes aumentos é “absolutamente desprezível” nas empresas e famílias, significando, por exemplo, um peso de 0,013% no orçamento familiar (rondando os três euros por ano, nas contas da companhia).

Em meados de fevereiro, o presidente da Anacom disse no Parlamento ter impedido os CTT de realizarem um aumento ainda maior, de 9,6%, resultante da aplicação errada da fórmula. Segundo João Cadete de Matos, a Anacom notificou os CTT da incorreção, resultando num aumento bastante inferior, de 6,58%.

Nessa ocasião, fonte oficial da empresa reagiu, respondendo ao ECO: “A este propósito, importa fazer notar que o Serviço Público de Correio é financiado exclusivamente pelo preço, ou seja, pelos seus utilizadores, não fazendo uso de quaisquer fundos do Orçamento de Estado, pelo que é muito importante ter sido obtido tão sólido consenso no estabelecimento da fórmula de preço que, como não poderia deixar de ser, tem em conta a queda do correio e a inflação.”

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