Fintech Raize alcança “novo máximo de financiamentos” em 2022

  • Lusa
  • 16 Março 2023

No ano passado, a Raize atingiu um "novo máximo de financiamentos concedidos num total de 15,1 milhões de euros, mais 10% que no ano anterior, em 628 transações".

A Raize — Instituição de Pagamentos registou lucros de 21.167 euros em 2022, uma redução de 66% face ao resultado obtido em 2021, indicou a plataforma, num comunicado publicado esta quinta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a empresa, no ano passado, a Raize obteve receitas de 1,27 milhões de euros, um aumento de 16% em relação a 2021, “beneficiando do crescimento da atividade de financiamento em Portugal”.

A fintech (empresa tecnológica de serviços financeiros) deu ainda conta de um aumento de custos totais de 25% devido a “um reforço de posicionamento no mercado — por via de pessoal, marketing e tecnologia — assim como do contexto macroeconómico”.

A Raize obteve um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 96 mil euros, um decréscimo de 33% face a 2021, revelou.

A Raize atingiu, no ano passado, um “novo máximo de financiamentos concedidos num total de 15,1 milhões de euros, mais 10% que no ano anterior, em 628 transações”, sendo que os “empréstimos originados e geridos pela Raize renderam um total de 1,3 milhões de euros em juros brutos em 2022 (+17% face a 2021), refletindo uma taxa de rentabilidade média anual de 5,8% após perdas”.

A empresa reportou ainda um “total de 24,1 milhões de euros de crédito sob gestão a 31 de dezembro de 2022″.

Segundo a Raize, desde a sua constituição, o grupo “levantou mais de 100 milhões de euros junto de investidores de retalho e institucionais para investimento em PME portuguesas” e “investiu mais de 72 milhões de euros em mercado primário”. A empresa realizou ainda 3.304 operações de financiamento, acrescentou.

“A prioridade em 2023 passa por acelerar o crescimento da empresa em Portugal na área do financiamento a empresas, perspetivando-se o investimento na expansão da base de investidores incluindo através da celebração de novos acordos de financiamento com bancos e fundos”, destacou a Raize.

A empresa espera ainda “um reforço do nível de investimento em tecnologia de captação e tratamento de dados e também análise de risco”.

De acordo com a mesma nota, os primeiros indicadores para 2023 “são positivos”, esperando que “apesar do contexto de incerteza” as “empresas e os investidores continuem a apostar no país durante o próximo ano”.

“Nesse contexto, e face ao atual quadro económico, a implementação das reformas estruturais no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e a utilização dos respetivos fundos, mas também daqueles referentes ao Quadro Financeiro Plurianual, tornam-se particularmente críticas para sustentar o crescimento económico e o desempenho económico-financeiro das empresas em Portugal”, explicou.

Assim, “a Raize em parceria com a Flexdeal, pretende assumir-se como coinvestidor estratégico junto de diversos programas em execução por parte do Banco Português de Fomento, por forma a contribuir para que o capital chegue o mais rapidamente possível à economia real”.

A Flexdeal, uma sociedade de investimento mobiliário para o fomento da economia (SIMFE), é a maior acionista da Raize.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Fintech Raize alcança “novo máximo de financiamentos” em 2022

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião