Taxa de juro no crédito à habitação atinge valor mais elevado desde março de 2012

"Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 3,139% em janeiro para 3,409% em fevereiro", adianta o INE.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a atingir um novo máximo, desta vez chegando ao nível mais elevado desde março de 2012. O valor fixou-se, no conjunto dos contratos de crédito à habitação, nos 2,532% em fevereiro, segundo revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira.

É uma subida de 34,9 pontos base (p.b.) face a janeiro (2,183%). Já “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 3,139% em janeiro para 3,409% em fevereiro”, adianta ainda o INE, referindo-se aos novos contratos.

Fonte: Banco de Portugal

Olhando especificamente para os contratos para financiamento da Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, “a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 2,528% (+34,0 p.b. face a janeiro)”. “Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro subiu 25,1 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 3,396%”, notam.

Estes valores têm impacto no valor da prestação, sendo que “considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu 7 euros, para 322 euros, valor mais elevado desde março de 2009″. “Deste valor, 132 euros (41%) correspondem a pagamento de juros e 190 euros (59%) a capital amortizado (ver gráfico 2) – em fevereiro de 2022, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (255 euros)”, indica o INE.

Quanto aos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 38 euros, para 569 euros.

Fonte: Banco de Portugal

No que diz respeito ao capital médio em dívida, este subiu em fevereiro, para a totalidade dos contratos, 177 euros face ao mês anterior, fixando-se em 62.533 euros. O valor é praticamente o dobro para os novos contratos, ainda que tenha diminuído: “Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em dívida foi 125.215 euros, menos 1.047 euros que em janeiro”.

(Notícia atualizada às 11h35)

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