APA dá parecer favorável ao projeto de expansão da Repsol em Sines

  • Lusa
  • 20 Março 2023

O projeto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, com um valor superior a 657 milhões de euros, obteve Declaração de Impacto Ambiental favorável.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu a Declaração de Impacto Ambiental (DIA) “com sentido favorável” ao projeto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, com um valor superior a 657 milhões de euros e considerado de Potencial Interesse Nacional (PIN).

A emissão da DIA “é um dos marcos mais esperados”, uma vez que “permite avançar para uma nova etapa do projeto de expansão”, realçou o diretor do projeto Alba, Juan Lorenzo Boix Arenas, citado num comunicado enviado pela empresa.

“Estamos a dar mais um passo rumo à descarbonização da Repsol e consequentemente da economia portuguesa“, referiu o responsável, acrescentando que este projeto “possibilitará aumentar as exportações e diminuir as importações da Repsol“.

Uma vez concluído, o projeto Alba, vai permitir “o fornecimento de proximidade de polímeros de alto valor acrescentado a um amplo leque de clusters nacionais exportadores, desde os componentes automóveis aos dispositivos médicos, passando pelos produtos alimentares”, frisou.

Estamos a dar mais um passo rumo à descarbonização da Repsol e consequentemente da economia portuguesa.

Juan Lorenzo Boix Arenas

Diretor do projeto Alba, da Repsol

De acordo com a empresa, o projeto de expansão do complexo petroquímico da Repsol, em Sines, “corresponde ao maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos 10 anos, com um valor superior a 657 milhões de euros”.

Na fase de construção “vai empregar uma média de 550 postos de trabalho, atingindo um pico de mais de 1.000 trabalhadores” e, quando entrar em operação, a empresa prevê um “aumento líquido de pessoal de, aproximadamente, 75 empregos diretos e cerca de 300 indiretos”.

No comunicado, o diretor do projeto realçou ainda a “colaboração das autoridades nacionais e locais” que “tem sido fundamental” no processo de licenciamento. Também indicou que está para breve o arranque das obras de expansão do complexo. “O projeto está previsto arrancar proximamente, prevendo-se que termine em 2025, com o início das suas operações”, concluiu.

O projeto Alba vai construir duas fábricas que vão utilizar o etileno e o propileno produzidos e que, comummente, são exportados.

As duas fábricas vão utilizar as tecnologias Univation Unipol PE e Spherizone, da LyondellBasell Industries, e esperam, assim, transformar o etileno em polietileno de alta densidade — usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas — ou em polietileno de baixa densidade — utilizado em espumas, cabos elétricos.

Com este aproveitamento, a Repsol Polímeros espera aumentar a sua produção para até 850.000 toneladas por ano, sendo que 310.000 toneladas deverão ser exportadas através do porto de Sines, 220.000 toneladas para Espanha, 220.000 toneladas para o resto da Europa e 100.000 toneladas deverão ser utilizadas em Portugal.

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