Riqueza do país aumentaria em 4% com mais 150 grandes empresas

Estudo na Nova IMS conclui que grandes empresas criam 10 vezes mais riqueza do que as médias e são 3,7 vezes mais produtivas.

Se Portugal tivesse mais 150 grandes empresas desde 2019, o valor acrescentado bruto de Portugal aumentaria 4%, conclui um estudo realizado pela Nova Information Management School e a Associação Business Roundtable Portugal.

O acréscimo de centena e meia de grandes empresas permitiria ainda aumentar em 5% a receita fiscal agregada e mais 10% as exportações, conclui o trabalho de investigação apresentado esta segunda-feira na conferência “Querer e Crescer: Acelerar o Crescimento de Portugal”, organizada pela Associação BRP.

Bruno Damásio, professor auxiliar da Nova Information Management School, afirmou que o número de grandes empresas aumenta 5% a 6% ano ano. “Se continuarmos nesta trajetória este número [150] será alcançado” em breve, considera, salientando que “as exportações e a inovação são os dois grandes drivers da inovação”, afirmou.

Entre 2016 e 2019 o número de grandes empresas cresceu de 1.038 para 1.291. Segundo o estudo, estas empresas têm um valor acrescentado bruto (VAB) 10 vezes superior a uma empresa média. Em 2019, as grandes empresas foram, em média, 3,7 vezes mais produtivas que as médias empresas, pagaram salários 30% superiores às médias empresas e 70% acima das pequenas.

“Se nos focarmos apenas em 1% do total de empresas em Portugal, percentagem onde se inserem as 1.291 grandes empresas contabilizadas em 2019, facilmente percebemos o forte impacto que as organizações de grande dimensão têm, tanto a nível económico, como dos trabalhadores e do próprio Estado. Estamos a falar de um contributo de 57% no VAB, 62% nas exportações, 48% nos gastos com pessoal, 64% nas contribuições para a Segurança Social e 71% em impostos”, contabilizou Bruno Damásio.

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