TAP prevê atingir 94% dos passageiros de 2019 antes do verão
A 10 de março a transportadora estava com 55% de reservas dos voos que vão operar entre abril e junho. O valor fica nove pontos percentuais acima dos números do segundo trimestre de 2019.
Nos meses que antecedem o verão, a TAP prevê atingir 94% dos passageiros de 2019, tendo já um nível de reservas para os voos que vão operar entre abril e junho acima do período pré-pandémico. Cenário que leva a companhia a acreditar numa tendência “positiva na procura” em 2023.
De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira pela TAP, com os números fixados a 10 de março para o segundo trimestre do ano, a transportadora conta com 55% de reservas. Mais nove pontos percentuais face aos valores registados no mesmo período em 2019 e que, até junho, deverão subir e fixar-se em 94%.
Mas esta procura fica um pouco abaixo dos níveis do primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, a TAP indica que está a operar acima da capacidade de 2019, tendo atingido 72% das reservas e ficando 11 pontos percentuais acima da procura nos mesmos meses do período pré-pandemia.
Em 2022, segundo as contas anuais da empresa, foram transportados um total de 13,8 milhões de passageiros, mais 136,1% do que em 2021, atingindo 81% dos níveis de 2019.
Nestes que serão os últimos resultados da TAP conseguidos por Christine Oumières-Widener, a administração da companhia – que a partir de abril vai passar a ser assumida por Luís Rodrigues – deixa algumas pistas de medidas que podem vir a ser seguidas até ao final deste ano, para que a transportadora consiga aumentar as receitas e reduzir os custos, antes do processo de privatização.
Desde logo, a TAP quer fechar com a National Aviation Services (NAS) a venda da participação de 43,5% na Groundforce, quer reforçar a operação no Brasil e nos EUA, renegociar os contratos com os fornecedores para gerar poupanças, rever os contratos de aluguer dos aviões e aplicar mais medidas que reduzam os custos com o combustível (jet fuel).
Para aumentar as receitas, a TAP quer ainda relançar de forma generalizada o programa Portugal Stopover, que permite aos passageiros paragens gratuitas (escalas) até dez noites, durante a viagem de ida ou de regresso a casa.
O Stopover foi lançado em 2016 pela TAP, durante a administração de David Neeleman e de Fernando Pinto, e na altura, permitia escalas gratuitas de cinco dias aos passageiros cujo destino final não era Portugal.
O programa foi entretanto descontinuado pela TAP, mas em fevereiro deste ano Christine Ourmières-Widener decidiu relançar o Stopover e foi promover o programa ao mercado dos EUA. “É um mercado que queremos desenvolver e a ligação entre Portugal e os Estados Unidos é muito forte”, disse na altura a CEO, que está de saída da transportadora.
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