Défice é uma “boa notícia”, diz Marcelo que elogia Medina por medidas “tomadas no momento adequado”

Chefe de Estado classificou de "boa notícia" o facto de o défice das contas públicas ter encolhido para 0,4% em 2022 e elogiou o ministro das Finanças pelas medidas tomadas para combater a inflação.

O Presidente da República classificou esta sexta-feira como “boa notícia” o facto de o défice das contas públicas ter encolhido para 0,4% em 2022 e elogiou o ministro das Finanças pelas medidas tomadas para mitigar a subida do custo de vida.

Marcelo Rebelo de Sousa classificou como “boa notícia” o défice ter diminuído para 0,4% no ano passado, – bem abaixo das estimativas do Governo no OE que apontava para 1,9%, mas que em dezembro o primeiro-ministro corrigiu o número para 1,4% a 1,5%), – assim como as projeções do Banco de Portugal que apontam um crescimento da economia portuguesa de 1,8% este ano. “Portanto, há uma folga para tomar medidas”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3, a partir da cimeira Ibero-Americana, que decorre na República Dominicana.

Para o Chefe de Estado, o pacote de 2,5 mil milhões de euros de apoio às famílias portuguesas anunciado esta sexta-feira pelo Executivo abrange “quatro setores fundamentais”: os bens alimentares, através de uma isenção do IVA sobre um cabaz de produtos que ainda irá ser definido, medidas de apoio à agricultura, “medidas de diretas de apoio ao bolso das famílias” e tem ainda a “preocupação de completar isso com um aumento extraordinário dos funcionários públicos”, resume.

“Da mesma maneira que critico o que é para criticar, elogio o que é de elogiar. Já elogiei o ministro Fernando Medina há pouco porque [as medidas] foram bem tomadas e num momento adequado”, enalteceu Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República referiu ainda que a razão pela qual estas medidas só foram anunciadas agora “é dupla”, dado que, por um lado, “só agora se soube que a folga [orçamental] é muito superior àquilo que se esperava” e, por outro, já é dado como certo que “para já” não haverá uma quebra na inflação.

Questionado pelos jornalistas sobre se estas medidas serão suficientes, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “isso ninguém sabe”, mas são “o que é possível para este momento”. “Se são suficientes depende da evolução do Orçamento no futuro e depende, sobretudo, da inflação quebrar ou não quebrar”, ripostou.

Já sobre o “IVA zero” num cabaz de produtos de bens essenciais elencou que a medida “pode ter maior ou menor sucesso”, dependendo do “tipo de produtos e da resposta do mercado”.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h19)

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