DBRS prevê subida dos juros dos depósitos após tensões na banca

Recente instabilidade na banca, após queda Silicon Valley Bank e Credit Suisse, deverá aumentar os custos de financiamento dos bancos, incluindo nos depósitos, antecipa a agência DBRS.

A DBRS espera que os bancos continuem a aumentar a rentabilidade à boleia da subida das taxas, mas também prevê um aumento dos custos dos depósitos e de financiamento após a recente tensão na sequência da queda do Silicon Valley Bank e Credit Suisse.

“Para 2023, esperamos que a rentabilidade beneficie de taxas de juro mais elevadas, dada a grande exposição dos bancos portugueses a empréstimos a taxa variável. A reavaliação ainda não se materializou numa parte significativa da carteira de empréstimos”, refere a agência de rating canadiana numa análise aos resultados dos principais bancos nacionais.

“Ao mesmo tempo, esperamos um aumento no custo dos depósitos, bem como maiores custos de captação no mercado de funding como resultado do recente aumento na volatilidade do mercado”, acrescenta. Relativamente aos depósitos, a agência lembra que os bancos registaram saídas significativas no início do ano com as famílias a correrem para os Certificados de Aforro.

Segundo o Banco de Portugal, os juros dos depósitos bancários subiram para 0,65% em fevereiro, prosseguindo bem abaixo da média da Zona Euro, que se fixou nos 1,53%.

A DBRS aponta ainda para a continuação da redução do crédito malparado, depois de ter caído para 3,4% no final do ano passado, mas antecipa uma deterioração da qualidade do balanço no médio prazo.

Embora “o desempenho da economia portuguesa tenha sido resiliente em 2022, em termos de desempenho do PIB e da taxa de desemprego”, “esperamos que a alta inflação e o aumento das taxas de juro coloquem pressão nas famílias e PME”, consideram os analistas.

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