Sindicatos da TAP exigem fim dos cortes salariais ao novo CEO
Um grupo de 13 sindicatos da companhia aérea escreveu uma carta aberta com um "caderno de encargos" para Luís Rodrigues, o novo presidente executivo da companhia aérea.
Um grupo de 13 sindicatos divulgou esta quinta-feira uma carta aberta a Luís Rodrigues, que assume esta sexta-feira a liderança da TAP. Exigem o fim imediato dos cortes e dos congelamentos salariais e o regresso aos acordos laborais que vigoravam antes da pandemia de Covid-19.
A companhia aérea mantém em vigor cortes salariais de 20% a partir dos 1.520 euros, ao abrigo do Acordo Temporário de Emergência (ATE) acordado com os sindicatos em 2021, no âmbito do plano de reestruturação. A gestão avançou também com a denúncia dos Acordos de Empresa, de forma a negociar novas condições laborais.
Agora, com a entrada de um novo CEO e chairman, as estruturas que representam os trabalhadores querem mudanças. “Os sindicatos do Grupo TAP exigem de imediato o fim dos ATE, o fim dos cortes e dos congelamentos salariais, a reversão das denúncias dos AE, bem como a reintegração dos trabalhadores alvo do despedimento coletivo”, escrevem na carta aberta.
Os 13 sindicatos deixam no ar a possibilidade de recorrer a formas de luta mais drásticas, embora não utilizem a palavra greve. “Se a empresa (e o Governo), não alterarem a sua posição sobre estas temáticas e não tomarem medidas que visem o restabelecimento das condições laborais e financeiras dos trabalhadores do grupo, não restará outra solução aos sindicatos senão assumir uma posição que, apesar de indesejável, é legítima, face à absoluta desproporcionalidade existente e que há muito deveria estar extinta”.
Na carta dizem ainda que “não podem ficar indiferentes aos sucessivos escândalos” e exigem a Luís Rodrigues “medidas sérias e concretas que garantam a paz social“. Consideram ainda que a retórica baseada no plano de reestruturação “há muito deixou de fazer sentido, seja pela realidade operacional que a TAP vive (recentemente confirmada pelos resultados apresentados), seja pelas projeções internacionais do setor da aviação comercial”.
Os 13 sindicatos afirmam que é “com sentimento de desalento, mas com um elevado grau de esperança” que se dirigem ao novo CEO e chairman da companhia, “desejando-lhe os maiores sucessos nesta sua nova etapa ao comando da TAP, demonstrando total disponibilidade para [serem] parte da solução, sem nunca abdicar dos princípios e da dignidade enquanto trabalhadores do Grupo TAP”.
Na carta fica já o pedido de uma reunião com Luís Rodrigues, “no mais curto espaço de tempo possível”.
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