Empresas já exportadoras reagiram melhor à quebra do mercado interno
Foram principalmente as empresas já habituadas a exportar que reforçaram as relações internacionais após a queda do mercado interno. As empresas jovens têm peso nas exportações, mas cada vez menos.
As empresas portuguesas têm vindo a apostar na internacionalização. A razão principal é a contração do mercado interno, o que levou os empresários a olharem para o mercado internacional. No entanto, isto verificou-se particularmente em empresas que já estavam estabelecidas nas exportações. A conclusão é do Boletim Económico divulgado pelo Banco de Portugal esta sexta-feira.
É natural que as empresas intensifiquem os esforços de identificar e entrar em novos mercados quando o mercado interno contrai
Esses esforços verificaram-se principalmente nas empresas que já estavam estabelecidas no mercado internacional. “A contribuição para as exportações das empresas que registaram crescimento nas exportações e redução nas vendas internas resulta principalmente de empresas com intensidade exportadora média e alta”, explica o Boletim Económico.
Empresas mais jovens têm peso, mas menos
Do outro lado, as empresas “entrantes” têm uma influência extremamente reduzida. Isto porque, refere o Banco de Portugal, o processo pode ser “financeiramente exigente” e o sucesso depende das “características da empresa”.
Além disso, a ‘taxa de mortalidade’ das empresas jovens, com menos de 10 anos, é elevada, sendo superior a 50% no primeiro ano. O Boletim Económico refere que, no entanto, nas ‘sobreviventes’ “as exportações multiplicam por seis nos três primeiros anos”.
Apesar de não ser possível comparar com outros países europeus, o Banco de Portugal revela que o peso das empresas jovens nas exportações tem vindo a diminuir, mas “ainda é relevante”.
O Banco de Portugal vinca que “as exportações são uma variável determinante para a evolução da economia portuguesa”. Os dados fazem parte do tema em destaque do Boletim Económico: “Empresas portuguesas no comércio internacional: alguns factos sobre idade, preços e mercados”.
Editado por Mónica Silvares
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