Exportações abrandam pelo terceiro trimestre consecutivo

Exportações cresceram 13,3% nos três primeiros meses do ano, mas é o terceiro trimestre consecutivo de abrandamento das vendas ao exterior. Balança comercial continua positiva.

As exportações aumentaram, em termos homólogos, 13,3% no primeiro trimestre do ano, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas. Mas este é o terceiro mês consecutivo de abrandamento das vendas ao exterior, revela a estimativa rápida do comércio internacional de bens divulgada esta sexta-feira.

“No primeiro trimestre de 2023, de acordo com a estimativa rápida do comércio internacional de bens, as exportações aumentaram 13,3% e as importações cresceram 8,7%, em relação ao mesmo período de 2022, registando-se, pelo terceiro trimestre consecutivo, um abrandamento do crescimento das transações de bens”, escreve o INE. “No quarto trimestre de 2022, as taxas de variação homóloga foram +16% e +17,8%, pela mesma ordem”, acrescenta.

Taxas de variação homóloga trimestrais das exportações

Fonte: INE

De acordo com o próprio INE, foram as exportações as responsáveis pelo crescimento surpreendente de 1,6% no primeiro trimestre do ano. “Comparando com o quarto trimestre de 2022, o PIB aumentou 1,6% em volume (crescimento em cadeia de 0,3% no trimestre anterior), refletindo o contributo positivo expressivo da procura externa líquida (que tinha sido negativo no quarto trimestre), em larga medida resultante do dinamismo das exportações, enquanto o contributo da procura interna passou a negativo”, precisa o INE, na estimativa rápida que ainda poderá ser alvo de alguma revisão ao incorporar mais dados económicos.

Este abrandamento das exportações poderá parcialmente explicado pela inflação, ainda que esteja a desacelerar. Na divulgação da evolução dos dados do comércio internacional de fevereiro, o INE sublinhava que os índices de valor unitário (preços) registaram subidas de 7,1% nas exportações e 4,4% nas importações (+8,1% e +7%, respetivamente, em janeiro de 2023). Já sem os produtos petrolíferos, cujos preços são mais voláteis, as variações foram +7,4% nas exportações e +4,6% nas importações.

(Notícia atualizada com mais informação)

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