APETRO: “É impossível absorver estas variações fiscais”

  • ECO
  • 17 Abril 2017

António Comprido salienta ainda que "não faz sentido" subir ou descer "o ISP com muita frequência".

O secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) diz que as gasolineiras não têm espaço para descer o preço dos combustíveis. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago) e Antena1, António Comprido afirma que “não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais”.

“O aumento de seis cêntimos verificado em janeiro de 2016 é superior ao que é, em média, a margem líquida dos grossistas e dos retalhistas. É impossível absorver estas variações fiscais”, acrescenta.

António Comprido recorda que, no que diz respeito ao imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP), “todo o aumento da carga fiscal é refletido no consumidor”. E diz que “não faz sentido” subir ou descer “o ISP com muita frequência”, aludindo às revisões trimestrais.

O secretário-geral da APETRO nota que há agora “um certo regresso aos combustíveis aditivados e aos de mais qualidade, que hoje representam 20 e tal, 30% do mercado, mas tem tido tendência nos últimos tempos para um ligeiro crescimento”. Embora os combustíveis simples continuem a deter maior quota de mercado, António Comprido acredita que isso não se deve “exclusivamente” à “opção do consumidor, mas quase como uma consequência da oferta que hoje é apresentada no mercado”.

Metade dos condutores abastece em postos de marca

Um estudo divulgado esta segunda-feira indica que metade dos condutores portugueses abastece sempre em postos de combustível de marca e gasta menos de 40 euros por cada abastecimento.

O trabalho — elaborado em março pela Nova IMS (Information Management School) e pela Qdata-Recolha e Tratamento de Dados — avança que 51% dos inquiridos refere abastecer apenas em postos de combustível de marca e só 12% afirma utilizar também os postos low cost (sem marca e com preços mais reduzidos).

“Menos de um quarto dos entrevistados refere recorrer a postos low cost sete ou mais vezes em cada dez vezes que abastece a sua viatura”, nota o estudo, citado pela agência Lusa.

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