Habitação: Luísa Salgueiro diz que nova proposta do Governo tem “evoluções positivas”
Associação Nacional de Municípios Portugueses considera ajustes do Governo ao plano de intervenção Mais Habitação como "evoluções positivas". E que vão ao encontro das reivindicações das autarquias.
A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, considerou, esta terça-feira, que os ajustes que o Governo propõe ao plano de intervenção Mais Habitação são “evoluções positivas” e que vão ao encontro das reivindicações das autarquias.
“Estivemos a ver e vimos que há evoluções positivas, no sentido das reivindicações da ANMP. Outras ainda não, mas não fechámos o documento e ainda temos umas etapas, mais uns passos a dar”, destacou a autarca da Câmara Municipal de Matosinhos.
No final de uma reunião do Conselho Diretivo, que decorreu durante a manhã desta terça-feira, em Coimbra, Luísa Salgueiro informou que a ANMP analisou a nova proposta de lei — que o Governo enviou na semana passada — e que integra alterações às medidas do plano de intervenção Mais Habitação.
Apesar de este assunto ter estado em cima da mesa dos trabalhos, a ANMP ainda não emitiu o seu parecer sobre a nova versão do documento. “Não votámos e não podemos hoje comunicar a posição. Ainda vamos ter de realizar uma reunião e deverá demorar mais uma semana para fechar o assunto”, revelou a autarca socialista.
Os instrumentos previstos no pacote Mais Habitação implicam um reforço significativo das atribuições municipais no âmbito da habitação.
A 21 de março, a ANMP emitiu um parecer desfavorável à primeira proposta de lei do pacote Mais Habitação. No documento em causa, a ANMP elencou uma dezena de aspetos positivos do pacote Mais Habitação, bem como perto de duas dezenas de pontos críticos e sugestões de melhoria.
Segundo a ANMP, “os instrumentos previstos no pacote Mais Habitação implicam um reforço significativo das atribuições municipais no âmbito da habitação“.
“Sem acautelar o correspetivo reforço financeiro para fazer face aos encargos que daí advêm, seja com a gestão, manutenção e reabilitação, e aumento dos respetivos parques habitacionais; seja com a implementação de procedimentos que se destinam a assegurar a fiscalização e execução de algumas das medidas propostas, será impossível ultrapassar a situação de crise e carência habitacional que vivemos, reequilibrando a oferta e o acesso à habitação em cumprimento do artigo 65.º da nossa Constituição”, lê-se no parecer de 21 de março.
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