Lucros dos CTT triplicam para 16 milhões no primeiro trimestre
Negócio das cartas continua a cair, mas foi compensado pelas encomendas, subscrição de certificados e pelo banco. CTT triplicam lucros no arranque do ano.
Os CTT [eco_stocklabel=”CTT” index=”22931489,51,814″ type=”inline”] tiveram o triplo dos lucros no primeiro trimestre, com o resultado a ascender a 16,1 milhões de euros. Apesar de o negócio das cartas continuar a cair, os Correios compensaram com mais faturação nas encomendas, nos serviços financeiros (à boleia da subscrição de Certificados de Aforro nos seus balcões) e no banco.
O Correio foi o único negócio em que as receitas caíram no trimestre, apesar de contarem para metade de toda a faturação dos CTT: foram menos 14,3% para 114,4 milhões de euros.
Há algum tempo que a empresa se vem preparando para o declínio do Correio, nomeadamente ao apostar nos segmentos do Expresso e Encomendas e Banco CTT como alavanca de crescimento. No primeiro caso, as receitas subiram 5,4% para 64,7 milhões. Já o banco gerou receitas de 34,1 milhões, mais 21,4%.
Mas houve outro negócio que teve uma ascensão meteórica: os Serviços Financeiros e Retalho, cuja faturação disparou 141,6% para 28,7 milhões. Os CTT falam mesmo em “perspetivas sólidas” neste segmento, depois de os seus balcões terem colocado 7,5 mil milhões de euros de dívida pública (sobretudo Certificados de Aforro) entre janeiro e março, disparando 550% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A empresa lembra ainda que vai deixar de vender raspadinhas e outros produtos de retalho.
Em relação ao banco, conseguiu contrariar as dinâmicas do setor no que diz respeito ao crédito e aos depósitos: tanto um como outro aumentaram. O stock de crédito automóvel cresceu 16,7% para 784 milhões e de crédito à habitação aumentou 9,2% para 672 milhões. As poupanças (depósitos e recursos fora de balanço) aumentaram 5,7% para 3,1 mil milhões. A margem financeira disparou 34,5% para 22 milhões e as receitas com comissões subiram 6,2% para 11,2 milhões.
Ao todo, as receitas do grupo aumentaram 3% para 241,8 milhões, com os CTT a lembrarem a “comparação desfavorável” com o primeiro trimestre do ano passado, em que teve receitas extraordinárias com a venda de computadores (21,5 milhões) e com as eleições (3,5 milhões).
Na parte mais financeira, os CTT adiantam que a forte geração de fluxo de caixa permitiu reduzir a dívida.
Paralelamente ao anúncio dos resultados, o grupo desvendou o negócio por detrás da “estratégia imobiliária” que vai permitir rentabilizar o seu vasto património. Os CTT preparam-se para vender 30,1% de um portefólio de imóveis por 42 milhões de euros no total, mas o processo está dividido em várias fases e sujeito a várias condições.
(Notícia atualizada às 19h22)
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