Crise política? “É fundamental haver paz entre instituições”, diz CEO do BPI
João Pedro Oliveira e Costa destacou bons dados económicos, mas considerou ser importante haver estabilidade e previsibilidade política.
“Como agente económico, prezo pela estabilidade. É muitíssimo importante termos estabilidade e previsibilidade. É fundamental que entre as várias instituições haja paz para haver confiança para os negócios se desenvolverem naturalmente”, sublinhou o CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, em reação ao aumento da tensão política entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.
Apesar da crispação política dos últimos dias, o responsável máximo do BPI destacou os indicadores económicos publicados recentemente. “São, no mínimo, promissores e acima das expectativas que tínhamos no final do ano passado”, afirmou na conferência de apresentação de resultados.
Oliveira e Costa não deixou de notar que o crescimento económico, apesar de melhor do que o esperado, “é ténue” e “abaixo do desejável”. “Poderíamos avançar um pouco mais depressa”, observou.
Ainda assim, ressalvou que o “nível de desemprego se mantém controlado e baixo”. “A criação de emprego existe”, acrescentou, referindo que muitos postos de trabalho estão a surgir no setor exportador, o que é um bom sinal. Por outro lado, o rendimento disponível das famílias aumentou em 2021 e 2022. “Queremos mais. É possível fazer mais, mas estes dados devem dar esperança”.
BFA na bolsa? “É uma hipótese”
Há alguns anos que o BPI tem vindo a estudar uma solução para a redução da sua posição no angolano BFA. Recentemente, Luanda anunciou a intenção de colocar parte do banco (que está nas mãos da Unitel) na bolsa.
Oliveira e Costa mostrou disponibilidade “para ir em linha com a Unitel” e dispersar a sua parte – 48,1% do capital do banco angolano — no mercado de capitais.
“A dispersão em bolsa é uma hipótese. Temos tudo em aberto. Só esta anunciada a intenção, é muito cedo para fazer comentários”, acrescentou o líder do BPI, revelando que tem mantido contactos com as autoridades do país. “Estamos atentos a todas as oportunidades. Temos feito vários contactos e mantido os reguladores informados”.
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