Voo direto entre China e Portugal arranca a 26 de julho
O voo terá três frequências por semana entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim.
A ligação aérea direta entre a China e Portugal arranca a 26 de julho deste ano, anunciou, esta terça-feira, a companhia aérea Beijing Capital Airlines. Confirma-se, assim, que a rota Portugal-China arranca no verão, ainda que já tenham sido anunciadas outras datas. O Turismo de Portugal já tinha anunciado que os voos deveriam arrancar em junho deste ano.
O voo terá três frequências por semana — quarta-feira, sexta-feira e domingo — entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, avançou à agência Lusa o departamento de marketing da companhia aérea chinesa.
O voo entre a China e Portugal será feito pelo modelo 330-200 da Airbus, uma das maiores aeronaves comerciais de passageiros da construtora europeia, com capacidade para 475 passageiros.
A Beijing Capital Airlines quer iniciar uma quarta frequência, mas esta não foi ainda aprovada pelo ministério da Aviação chinês, disse a mesma fonte. A empresa é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, acionista da TAP através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.
A Ctrip, o principal motor chinês de pesquisa de viagens, já incluía hoje o voo nos resultados, com o preço de ida e volta fixado em 6.400 yuan (870 euros).
Nos últimos três anos, o número de turistas chineses que visitaram Portugal triplicou, para 183.000, e deverá aumentar “exponencialmente” com a abertura da ligação direta, afirmou no início deste mês a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.
“Os chineses que chegam a Portugal são sempre canalizados através de outra porta na Europa, nomeadamente através de Espanha (…), o que leva a que passem poucas noites em Portugal”, disse à Lusa, em Pequim, Mendes Godinho, afirmando que o grande objetivo é “inverter essa tendência”.
A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo estatísticas oficiais, 135,1 milhões de chineses viajaram para fora da China continental, em 2016, num aumento de 12,5% em relação ao ano anterior.
O crescente poder de compra e maior facilidade em obter o visto para muitos países explicam o rápido aumento do número de turistas chineses.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, os chineses são também os turistas que mais gastam: só no ano passado deixaram 246 mil milhões de euros além-fronteiras.
A acompanhar este fluxo crescente, o Turismo de Portugal tem, desde 2014, uma representação permanente em Xangai, a “capital” económica da China.
Portugal conta também com nove centros de emissão de vistos no país asiático, distribuídos pelas cidades de Pequim, Xangai, Hangzhou, Nanjing, Chengdu, Shenyang, Wuhan, Fuzhou, Cantão (Guangzhou).
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