Costa Silva quer “minimizar responsabilidades financeiras” para o Estado na Efacec
Ministro da Economia rejeita liminarmente a venda da Efacec em partes e defende a necessidade de a solução final minimizar as responsabilidades financeiras do Estado.
O ministro da Economia reiterou no Parlamento que recusa “liminarmente” a venda da Efacec em partes e agora que o processo de reprivatização está na sua fase final diz acreditar que será possível “chegar a uma solução equilibrada, minimizando também as responsabilidades financeiras do Estado”.
O processo e reprivatização da Efacec está “na sua fase final”, disse António Costa Silva aos deputados da Comissão de Economia e Obras Públicas. “As quatro propostas recebidas estão a ser analisadas”, disse. “Esperamos uma recomendação da Parpública, com quem temos falado para ver os contornos do que vai suceder”, precisou em reposta às questões colocadas pelo deputado do Chega.
A 11 de abril apresentaram uma Best and Final Offer (Bafo), o consórcio formado pela Visabeira e pela Sodecia e os três fundos de private equity – o português Oxy Capital e os internacionais Mutares e Oaktree. Fora da corrida à compra da posição de controlo (71,73%) que pertencia à empresária angolana Isabel dos Santos ficou a Mota Engil.
Costa Silva revelou que “muito proximamente, a decisão vai ser levada a Conselho de Ministros” onde será analisada a recomendação da Parpública. “Estamos a lutar para ter um projeto de futuro para a Efacec, porque é uma grande empresa tecnológica que emprega muitos trabalhadores”, sublinhou.
O ministro da Economia aproveitou para voltar a sublinhar que recusa “liminarmente a venda por peças e por partes”. “Nunca foi esse o projeto. Sempre foi vender a totalidade da empresa, assegurar a continuidade da empresa em Portugal, do projeto industrial e tecnológico, assegurar todas as suas valências”, sublinhou.
“Creio que vamos chegar a uma solução equilibrada, minimizando também as responsabilidades financeiras do Estado”, frisou.
Não posso prometer nem garantir nada. Estamos a fazer o melhor possível para ter da parte de quem adquirir a empresa todo o compromisso com a mesma e com o país.
Mas, Costa Silva fez questão de dizer que não pode “prometer, nem garantir nada”. Em resposta ao deputado do PCP, Bruno Dias, o responsável sublinhou que o Executivo está “a fazer o melhor possível para ter da parte de quem adquirir a empresa todo o compromisso com a mesma e com o país”. E sublinhou que é importante “evitar erros” como os cometidos em termos de destruição de valor à semelhança do que aconteceu com a Cimpor, Portugal Telecom, Sorefame.
O setor industrial só representa 10 a 12% do PIB e ele é muito importante porque alavanca o crescimento económico, explicou o ministro, justificando assim a aposta que está a ser feita para criar um pólo de química do século XXI em Estarreja, mas também em Sines.
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