Receitas do alojamento turístico cresceram 45% em março

As receitas dos estabelecimentos turísticos atingiram 338 milhões de euros em março, revela o INE, num mês em que o número de hóspedes e o número de dormidas subiram 30% e 27%, respetivamente.

A atividade turística continua a recuperar. Em março, o número de hóspedes cresceu mais de 30% face ao ano passado e o de dormidas subiu quase 27%, ultrapassando “pela primeira vez, os 5 milhões”. Já os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico cresceram 45,1%, para 338 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No terceiro mês deste ano, registaram-se 2,1 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas em território nacional, o que corresponde a uma subida de 30,8% e 26,7% face a março de 2022, respetivamente. ” À semelhança do que se verificou nos dois primeiros meses do ano, também em março se atingiram valores máximos de dormidas desde que há registo, tendo sido ultrapassados, pela primeira vez, os 5 milhões neste mês”, realça o gabinete de estatísticas.

Resultados gerais do setor de alojamento turístico:

Estes dados traduziram-se num aumento de cerca de 45% das receitas totais provenientes do turismo que atingiram os 338 milhões de euros, face ao período homólogo. Já face a setembro de 2019, os proveitos totais cresceram 36,2%.

Mais de um terço dos proveitos foi concentrado na Área Metropolitana de Lisboa (38,3% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento em janeiro), seguindo-se o Algarve (17,9% e 16,5%, pela mesma ordem), o Norte (16,1% e 16,4%, respetivamente) e a Região Autónoma da Madeira (14% e 13,5%).

Olhando para os segmentos de alojamento, em todos se verificou uma evolução positiva das receitas. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 45,1% e 49,3%, respetivamente; nos estabelecimentos de alojamento local as subidas foram de 50% e 52,9%, pela mesma ordem. Já o turismo no espaço rural e de habitação registou aumentos de 31,1% e 28,4%.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 43,5 euros em março (contra 36,2 euros em fevereiro), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado foi de 87,7 euros em março (79 euros em fevereiro). “Em relação a março de 2019, o RevPAR aumentou 28,9% e o ADR cresceu 23,2%”, refere o INE.

Do total de mais de cinco milhões de dormidas registadas em março, mais de dois terços (75,2% concentraram-se nos 23 principais municípios). “Em março, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira continuou a destacar-se com uma redução de 15,1% face a 2019 (-14,0% nos residentes e -15,3% nos não residentes). Pelo contrário, no Funchal registaram-se acréscimos significativos, principalmente nas dormidas de residentes que duplicaram face a março de 2019″ sublinha o INE.

O INE faz ainda um balanço trimestral: no primeiros três meses deste ano, as dormidas totais cresceram 40,9% para mais de 12,5 milhões e o que culminou a um aumento de 61% dos proveitos totais, face ao período homólogo, totalizando os 793,6 milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h11)

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