António Vitorino retira candidatura à OIM. Amy Pope é nova diretora-geral
O português António Vitorino retirou a recandidatura à liderança da Organização Internacional para as Migrações, após ter perdido a primeira votação para a norte-americana Amy Pope.
O português António Vitorino retirou esta segunda-feira a recandidatura à liderança da Organização Internacional para as Migrações (OIM), após ter perdido a primeira votação para a norte-americana Amy Pope, que dirigirá a instituição, revelou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.
“Hoje, durante a primeira volta, o resultado apontou para um apoio maior para a candidata americana e senhor António Vitorino tomou a decisão de retirar a sua candidatura”, disse João Gomes Cravinho em declarações por telefone a partir de Genebra, onde se encontra a acompanhar a votação para a OIM.
“Pensamos que ele teria sido, de facto, o melhor candidato para os próximos cinco anos, mas respeitamos [a decisão], é a democracia a funcionar no sistema multilateral“, comentou o ministro, deixando elogios ao trabalho de António Vitorino no seu mandato, iniciado em 2018, em tempos “extremamente difíceis, com grandes crises internacionais, incluindo a pandemia [de Covid-19]”.
Marcelo elogia “excelência do trabalho” de Vitorino. Costa reitera empenho no apoio aos refugiados
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou António Vitorino pela “excelência do trabalho” ao longo dos anos em que ocupou o cargo de diretor-geral da OIM, considerando que “terá mais oportunidades de por as suas capacidades pessoais e profissionais ao serviço de Portugal e do mundo”.
“Ao concluir o seu mandato como Diretor-Geral da Organização Internacional das Migrações felicito o Dr. António Vitorino pela excelência do trabalho que fez ao longo destes anos, que se traduziu no significativo alargamento do apoio da OIM a dezenas de milhões de migrantes à volta do mundo“, lê-se numa nota publicada na página oficial da internet da Presidência da República.
O Chefe de Estado nota ainda que António Vitorino colocou ao serviço da OIM “as suas enormes capacidades pessoais e profissionais, imprimindo uma nova dinâmica e alargando muito significativamente o âmbito da sua atuação”.
Também em reação à conclusão do mandato de Vitorino à frente da agência da ONU, o primeiro-ministro, António Costa, sublinhou o empenho de Portugal no apoio aos refugiados e numa política migratória com foco na dignidade.
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(Notícia atualizada às 17h50 com reações de Marcelo Rebelo de Sousa e de António Costa)
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