Gerações futuras realçam “a urgência em agir” pelo futuro do planeta, diz Carolina Piteira
Para a artista plástica, as próximas gerações representam "uma nova forma de pensar" e oferecem novos ensinamentos, sendo estes essenciais para determinar a qualidade do futuro.
O agravamento das alterações climáticas e o impacto que terão nas próximas gerações é um dos temas de maior relevância para a artista plástica Carolina Piteira que, no ano passado, foi mãe pela segunda vez, altura em que concluía, também, uma exposição na Central Tejo, em Lisboa, intitulada de “Tempo sem Tempo“.
“Já tinha sensibilidade sobre este tema [sustentabilidade], mas com o nascimento da minha filha, com mais sensibilidade fiquei, porque comecei a pensar no futuro dos meus filhos no planeta“, partilhou com os alunos da Escola EB 2,2 Maria Keil do Agrupamento de Escolas da Apelação no Conversas com Energia, uma iniciativa da Fundação EDP, a Novo Verde e a ERP Portugal da qual o ECO/Capital Verde é media partner.
Para a criadora, a exposição, que retratava o papel das energias renováveis, o impacto da transição energética na vida das pessoas e a ligação com o tempo, tinha como objetivos “passar uma mensagem”, “envolver as pessoas” e “abrir um diálogo” dado que “o tema da sustentabilidade é pesado” e deve ser encarado com seriedade. O trabalho teve como mote: “Mudar já hoje, o amanhã“.
A obra materializou-se em 22 elementos, que ficaram espalhados por várias salas da Central Tejo. Para o capítulo dedicado às energias “verdes”, Carolina Piteira recorreu a materiais, normalmente considerados como “lixo”, para dar vida à sua visão. Por um lado, transformou o lixo plástico que recolheu para representar as turbinas das torres eólicas, e por outro utilizou papel reciclado e a vela de kitesurf que Francisco Lufinha utilizou para atravessar o Atlântico, em 2015, para ajudar a ilustrar as energias oceânicas. “As energias renováveis são parte da solução“, explicou a artista perante os jovens.
Mas a obra também tinha como sujeito as próximas gerações. Num vídeo projetado nas paredes de uma das sala do espaço, surge uma senhora com 80 anos de idade que “fala sobre as vivências” que teve “no planeta que deixamos”. A octogenária é uma representação da filha recém-nascida da artista plástica, Teresa.
Aos estudantes daquela escola, a artista plástica sublinhou a importância que estes têm para ditar o futuro através das decisões que hoje são tomadas, acrescentando que representam “uma nova forma de pensar” e oferecem novos ensinamentos. “São a esperança” e realçam “a urgência em agir e mudar as coisas”, apelou.
Tal como Bordallo II, a artista plástica encara a sua profissão como uma oportunidade para difundir mensagens importantes.
“Os artistas têm uma grande vantagem. A nossa mensagem pode ser vista por muitas pessoas porque temos uma linguagem universal”, apontou, realçando que essa mensagem está, no entanto, sempre sujeita a “várias interpretações”. “Não há conceitos fechados. Origina diálogos e debates urgentes, como este da sustentabilidade”, concluiu Carolina Piteira.
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