Novobanco testa mercado de dívida arriscada após queda do Credit Suisse
Banco português tenta convencer investidores a trocarem obrigações subordinadas emitidas em 2018, no montante 400 milhões de euros, por novos títulos.
O Novobanco está no mercado para convencer os investidores a trocarem obrigações subordinadas Tier 2 emitidas em 2018 – e pelas quais paga 8,5% – em contrapartida de novos títulos com maturidade mais longa.
O banco liderado por Mark Bourke tem em vista avançar com duas operações: uma operação de recompra dos títulos antigos (na ordem dos 400 milhões de euros) e uma emissão de novos instrumentos semelhantes, com o objetivo de baixar o custo e alongar o prazo desta dívida convertível e que conta para os rácios de capital.
A transação está a ser vista como um teste ao mercado europeu destes instrumentos, depois da desconfiança que se gerou na sequência das perdas de 16 mil milhões que foram imputadas aos detentores de obrigações AT1 no resgate ao Credit Suisse, há dois meses.
No caso do Novobanco, o montante máximo que aceitará recomprar dependerá do valor de novos títulos que emitir, sendo que os termos da nova dívida, nomeadamente a taxa de juro, estão sujeitos às condições do mercado, de acordo com os bancos que estão a coordenar este processo, o Credit Suisse e o JPMorgan, no memorando enviado à bolsa de Dublin, onde estão cotadas as obrigações do banco português.
O Novobanco fala em “gerir proactivamente a sua estrutura de capital” e “fornecer liquidez aos investidores” destas obrigações. O banco propõe-se a pagar em numerário 100% do valor dos notes e a pagar os juros acumulados.
Na emissão de novos títulos, o banco vai dar prioridade a quem tenciona trocar os notes antigos.
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