Primeiro bebé aumenta despesa da família em 20%
Aumento da despesa mensal agregada resulta do aumento nas despesas no setor do retalho (52%), saúde (36%), eletricidade e gás (16%) e água (9%).
O primeiro filho resulta num aumento médio de 20% da despesa mensal da família nos primeiros seis meses após o nascimento quando comparado com o período anterior ao início da gravidez, segundo dados publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este aumento da despesa mensal agregada deve-se, “essencialmente, ao aumento médio de 52% nas despesas no setor do retalho, 36% na saúde, 16% na eletricidade e gás e 9% na água“, indica o gabinete estatístico.
Efeitos na Despesa Mensal do Agregado Familiar: Retalho, Saúde e Educação
O INE dá conta de uma subida dos gastos familiares a partir do quarto mês de gravidez, “que se acentua nos três meses anteriores ao nascimento, nos quais a despesa é em média 16,8% superior aos níveis de despesa que antecedem a gravidez”.
Porém, o pico da despesa do agregado familiar é atingido logo no mês de nascimento do primeiro bebé, sendo em média 19,7% superior nos primeiros seis meses após o nascimento face aos meses anteriores ao início da gravidez.
As despesas de saúde atingem geralmente o seu pico também no mês de nascimento, representando cerca de duas vezes mais do que o observado no período anterior ao início da gravidez, mas diminuem nos seis meses seguintes ao nascimento.
Em sentido inverso, a família gasta em média mais 51,5% em despesas no setor do retalho no primeiro semestre após o nascimento. No entanto, a partir do primeiro ano de vida, quer as despesas de saúde, quer no retalho, estabilizam num aumento “permanente” de 26,9% e 16,1%, respetivamente, nota o INE.
No que toca aos meses que antecedem o nascimento do primeiro filho, o gabinete estatístico verificou uma tendência para o aumento das despesas com gás, eletricidade, água e atividades financeiras e seguros. Esse aumento torna-se expressivo nos seis meses seguintes ao nascimento: as despesas com gás e eletricidade aumentam em média 15,9% face ao período anterior ao início da gravidez, estabilizando em torno de um aumento de 9,6% a partir do primeiro ano de vida.
No campo da educação, o comportamento das despesas do agregado familiar é diferente, já que se verifica uma diminuição “entre o período de gravidez e o sexto mês de vida, mas aumentam a partir daí, estabilizando em torno de um aumento permanente de 26,3% a partir do nono mês de vida”.
Apesar destes aumentos, o efeito conjunto na despesa agregada das famílias é atenuado por uma diminuição nas despesas com transportes, alojamento e restauração, que começam a diminuir progressivamente a partir do terceiro mês de gravidez, reduzindo-se drasticamente no mês de nascimento e no mês seguinte ao nascimento: no caso dos transportes, há uma redução das despesas de 52,9%; com alojamento e restauração, a diminuição é de 55,6% face às despesas pré-gravidez.
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