Blocos de parto do Hospital de Santa Maria e das Caldas da Rainha vão fechar no verão
Maternidades do Hospital Santa Maria e do Hospital das Caldas da Rainha vão fechar no verão para obras de requalificação. Grávidas serão encaminhadas para hospitais públicos mais próximos.
Os blocos de partos do Hospital Santa Maria e do Hospital das Caldas da Rainha, ambos localizados na região de Lisboa e Vale do Tejo, vão fechar no verão para obras de requalificação, segundo revela o plano de funcionamento dos blocos de partos dos hospitais públicos divulgado esta quinta-feira pela Direção Executiva.
Em causa está a operação ‘Nascer em segurança no SNS’, que delineia a estratégia para os meses de junho a setembro deste ano no que toca ao funcionamento dos blocos de partos dos hospitais públicos. Ficou decidido que todos os 13 blocos de partos localizados na região Norte vão funcionar com paragens, bem como todos os sete blocos de partos da região Centro e todos os três blocos de partos da região do Alentejo.
Já no que toca à região de Lisboa e Vale do Tejo quatro blocos de partos vão funcionar de forma ininterrupta e sete com condicionamentos programados. Entre as maiores mudanças está o encerramento da maternidade do Hospital das Caldas da Rainha já a partir de 1 de junho e durante “durante um período de 4-5 meses” devido a obras de requalificação. As grávidas serão encaminhadas para o Centro Hospitalar de Leiria, que “que foi reforçado com recursos humanos”, nomeadamente com médicos e enfermeiros, explica a entidade liderada por Fernando Araújo.
Já o bloco de partos do Hospital Santa Maria vai encerrar a partir de 1 de agosto também para obras “durante um período de 9 a 12 meses”, sendo que neste caso os serviços serão assegurados pelo Hospital São Francisco Xavier.
Na quarta-feira, o ministro da Saúde já tinha adiantado que o SNS vai realizar acordos com entidades privadas e sociais para realização de partos, em Lisboa e Vale do Tejo, prevenindo o impacto do verão e a realização de obras em algumas maternidades. De acordo com o Público (acesso condicionado), a medida vai aplicar-se apenas às grávidas a partir das 36 semanas e sem fatores de risco, sendo que a Cuf, Lusíadas e a Luz Saúde já terão sido convidadas a ajudar na região de Lisboa e Vale do Tejo, caso seja necessário. Para o efeito, os privados vão receber o mesmo que lhes é pago pela tabela da ADSE, ou seja, 1.965 euros por um parto normal (eutócico), 2.175 euros por um parto distócico (instrumentado) e 3.005 euros por uma cesariana.
Em comunicado, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) já veio manifestar-se contra esta solução, referindo que a medida “traduz-se em mais um penso rápido”, considerando o “Ministério da Saúde insiste em adiar a solução para os problemas do SNS, promovendo que o desmantelamento da Saúde em Portugal, em particular dos cuidados materno-infantis, uma das joias da coroa do SNS”.
Quanto à região do Algarve, o bloco de partos do Hospital de Faro vai continuar a funcionar de forma interrupta, enquanto a maternidade de Portimão continua a encerrar de 15 em 15 dias, entre sexta e domingo.
Recorde-se que em março Governo reforçou, pela segunda vez, a dotação destinada à requalificação dos blocos de partos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O financiamento vai ser, afinal, de 27 milhões de euros, permitindo fazer obras nos 33 blocos de partos que submeteram a sua candidatura, ao invés dos 25 anteriormente previstos.
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