Josep Borrell garante fornecimento de aviões F-16 à Ucrânia

  • Lusa
  • 29 Maio 2023

"Ainda não os demos, mas vamos dá-los", disse o chefe da diplomacia europeia sobre o futuro fornecimento de aviões de combate ('caças') F-16 à Ucrânia.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, garantiu esta segunda-feira o fornecimento de aviões de combate (‘caças’) F-16 à Ucrânia: “Ainda não os demos, mas vamos dá-los”. A afirmação foi feita durante a abertura da 39.º Reunião do Círculo de Economia, que decorre em Barcelona, depois de questionado sobre o envio destes aviões é o passo seguinte na ajuda à Ucrânia na resposta à invasão do país pela Federação Russa.

Borrell recordou a ajuda militar já prestada, do equipamento individual aos sistemas de defesa antiaérea, passando pelos carros de combate Leopard. “Agora, são os F-16. Ainda não os demos, mas vamos dá-los”, garantiu. Borrell recordou que o G7, na sua cimeira recente, decidiu “preparar o terreno para dar às Ucrânia os ‘caças’ que precisa”, ao dar luz verde para a formação dos pilotos ucranianos.

Por outro lado, declarou que não está otimista sobre os desenvolvimentos durante o verão, dada a atual concentração de forças e a “vontade clara” da Federação Russa ganhar a guerra, em vez de negociar. Borrell defendeu ainda que a União Europeia tem de aumentar a sua capacidade de defesa e a sua coordenação nesta área “se quiser ser uma potência mundial”, o que passa por aumentar o orçamento militar.

“Sei que não se ganham campanhas (eleitorais) assim, mas o mundo é como é e não como gostaríamos que fosse. E é um mundo perigoso onde há países próximos que nos podem causar problemas”, disse, exemplificando com a Federação Russa, mas também com regiões como o Sahel e outras zonas de África.

Neste sentido, assinalou que o último ano, devido à invasão russa da Ucrânia, “expôs défices e limitações”, algo, considerou, “a que há que pôr fim”. Já sobre a China e as crescentes tensões com os EUA, Borrell afirmou que “a Europa não tem interesse em outra guerra fria”, enquanto admitia que a China “ultrapassou” os europeus enquanto principal sócio comercial da América Latina.

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