WTW: colaboradores motivados quando empresas contribuem para fundos de pensões
Fundos de pensões são os principais veículos de financiamento dos planos de pensões de contribuições definidas privados, importantes no mercado, e a comunicação é fundamental, diz a WTW Portugal.
Os fundos de pensões são os principais veículos de financiamento dos planos de pensões de contribuições definidas privados, cada vez mais importantes no mercado, sendo a comunicação fundamental para o reconhecimento e valorização deste benefício por parte dos colaboradores, escreve em comunicado a WTW, empresa especializada em consultoria, corretagem e soluções.
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De acordo com o estudo apresentado por Vasco Câmara, Diretor da área Retirement na WTW Portugal, e João Pedro da Rocha, Actuarial Analyst – Retirement, os fundos de pensões abertos (55,2%) e fechados (37,9%) são o principal veículo de financiamento dos Planos de Contribuição Definida, face aos contratos de seguro (3,5%), sendo que 69% das empresas inquiridas oferecem aos colaboradores mais de duas opções de investimento e 10,3% oferecem duas alternativas.
“Isto é interessante, porque demonstra que as empresas estão a dar mais opções aos colaboradores para fazerem investimentos a longo prazo”, destacou João Pedro da Rocha, explicando que a opção de escolha fomenta o envolvimento dos trabalhadores no financiamento da sua reforma. Porém, esta medida deve ser acompanhada de uma componente de literacia financeira.
Comunicação é essencial para aumento de contribuições voluntárias
Sobre as contribuições voluntárias por parte dos colaboradores, que acrescem às
realizadas pelas entidades, pelo menos 50% dos trabalhadores de quase 70% das
empresas inquiridas fazem esta contribuição. O reforço do processo de comunicação (70,4%) é a principal medida capaz de incentivar a contribuição voluntária, seguindo-se a alteração das regras do plano de pensões para que exista uma contribuição de incentivo por parte da empresa, ou para que esta seja superior (44,4%).
A escolha pela alteração das regras “revela que os colaboradores se sentem um pouco mais motivados a contribuir quando veem que não estão a fazê-lo sozinhos e que existe um incentivo por parte da empresa para ajudar a aumentar essa contribuição”, referiu Vasco Câmara.
O responsável destacou, também, a medida de definição de uma contribuição por defeito (3,7%), que, embora ainda não seja comum em Portugal, tem demonstrado elevadas taxas de sucesso no envolvimento dos colaboradores em mercados mais maduros.
As plataformas digitais (65,5%), sessões de comunicação anuais ou mais regulares (62,1%) e um email disponível para esclarecimentos (34,5%) são as principais ferramentas de comunicação utilizadas pelas empresas inquiridas para comunicar este benefício aos seus colaboradores.
“É importante que este processo de comunicação tenha alguma regularidade para
sensibilizar para a importância da poupança para a reforma”, indicou Vasco Câmara, acrescentando que, idealmente, as empresas utilizam mais do que uma ferramenta de comunicação, para que “haja uma complementaridade neste processo e o colaborador tenha uma boa experiencia e acesso à informação”. Uma comunicação eficaz permitirá, ainda, que as empresas atinjam o objetivo de os seus colaboradores reconhecerem e valorizarem o benefício.
Por sua vez, João Pedro Rocha referiu que as empresas inquiridas têm uma perceção globalmente positiva da qualidade da entidade gestora dos fundos de pensões (82,2%) e que consideram importante a monitorização regular da performance dos veículos de investimento (82,1%), do nível de participação voluntária no plano de pensões (67,9%) e da taxa de contribuição voluntária dos colaboradores (50%).
No que se refere aos Planos de Pensões de Contribuição Definida, as principais prioridades das empresas nos próximos dois anos estão relacionadas com o reforço do processo de comunicação, a atração e retenção de talentos e em alinhar os planos de pensões com os objetivos ESG. Estão focadas ainda em relacionar o plano com o bem-estar financeiro do colaborador e melhorar a sua experiência digital.
Vasco Câmara e João Pedro Sousa destacam a importância das comissões de acompanhamento internas das empresas no sucesso destes planos, assim como a necessidade de formação dos elementos destas equipas.
O estudo da WTW incluiu 29 empresas, 55,2% das quais constituídas por entre 100 a 500 colaboradores, 20,7% com mil a cinco mil trabalhadores e 17,2% com menos de 100 funcionários.
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