Exclusivo Dona da 100 Montaditos quer mais mulheres a abrir restaurantes e avança com pacote de apoio
Este ano a Restalia conta abrir o seu primeiro escritório em Portugal, ampliar em 50% a sua equipa durante o próximo ano, com colaboradores portugueses. Até 2025 quer gerar 1.600 postos de trabalho.
A dona da cadeia de restauração 100 Montaditos quer aumentar o número de mulheres detentoras de restaurantes da marcas detidas pela Restalia em Portugal e, para isso, até ao final do ano vai oferecer “um pacote de condições especiais” às mulheres que decidam criar um negócio. Este ano a empresa conta abrir o seu primeiro escritório no país, ampliar em 50% a sua equipa durante o próximo ano, com colaboradores portugueses. Até 2025 quer gerar 1.600 postos de trabalho.
Apenas 20% das 50 lojas em Portugal da Restalia são detidas por mulheres, número que o grupo quer aumentar, num momento em que planeia a expansão da rede de restauração do grupo de franchising no mercado nacional. Em três anos planeia ter 100 lojas abertas.
“A igualdade de género é uma questão fulcral nos dias de hoje e mais do que uma iniciativa que fica bem às empresas é, para nós, um parâmetro a cumprir”, começa por referir Jennifer Lopez Alvarez, diretora de comunicação da Restalia, ao ECO Trabalho. Hoje 55% do comité de direção da Restalia e 44% da equipa total é composta por mulheres.
“É isso que queremos concretizar com esta medida, que será aplicada tanto em Espanha como em Portugal. Desenvolvemos assim um plano de incentivos para promover o empreendedorismo feminino, com o objetivo de aumentar o número de mulheres franchisadas na nossa rede de estabelecimentos”, continua a responsável de comunicação.
O mundo do franchising e do empreendedorismo ainda é bastante dominado pelo masculino e sabemos que, em Portugal, 20% das nossas lojas são geridas por mulheres. No entanto, achamos que este valor continua baixo e por essa razão queremos encorajar o sexo feminino a liderar o seu próprio negócio.
Assim, até ao final de 2023, a Restalia vai oferecer “um pacote de condições especiais às mulheres que decidam criar um negócio com qualquer uma das nossas cinco marcas, que inclui um desconto de cinco mil euros na taxa de entrada, um bónus de um ponto percentual do royalty durante o primeiro ano e uma campanha de marketing de lançamento para a abertura e instalações“, adianta Jennifer Lopez Alvarez.
“Estamos conscientes de que o mundo do franchising e do empreendedorismo ainda é bastante dominado pelo masculino e sabemos que, em Portugal, 20% das nossas lojas são geridas por mulheres. No entanto, achamos que este valor continua baixo e por essa razão queremos encorajar o sexo feminino a liderar o seu próprio negócio, como trabalhadoras independentes ou investidoras diretas”, justifica a responsável de comunicação.
Das cinco dezenas de lojas no país, 20% são geridas por mulheres, ainda assim, um número superior a Espanha, onde apenas 16% dos restaurantes têm gestão feminina. Números que o grupo quer aumentar, mas não adianta metas específicas.
“Não nos propusemos a prazos nem a um objetivo específico, porque acima de tudo a nossa ambição é ajudar e proporcionar às mulheres a oportunidade de gerir os seus próprios negócios, emancipando-as e empoderando-as a longo prazo. Desta forma, não temos um número delineado, mas quantas mais melhor”, diz apenas Jennifer Lopez Alvarez.
Quanto a novas medidas para reforçar esta aposta, “por enquanto, esta é uma iniciativa que estará disponível ao longo do ano, mas não excluímos a possibilidade de a prolongar ou de realizar outro tipo de iniciativas que continuem a promover a igualdade”.
Duplicar restaurantes em três anos
Presente em 12 países, com cerca de 700 lojas, em Portugal o grupo tem 50 restaurantes, dos quais três — o 100 Montaditos do Cais do Sodré, o 100 Montaditos do Parque das Nações e a hamburgueria TGB – The Good Burger no Porto — estão no “top 10 de franquias com a maior faturação do grupo a nível mundial”.
No primeiro trimestre do ano, o grupo de franchising abriu mais quatro lojas, tendo sido criados mais de 70 postos de trabalho. Mas há planos de expansão. Para este ano, está prevista a abertura da “quinta e última marca da Restalia, a La Sureña Jarras y Tapas, bem como ambicionamos chegar às 100 lojas abertas nos próximos três anos”, adianta Jennifer Lopez Alvarez.
100 Montaditos (gastronomia mediterrânea e familiar), TGB – The Good Burger (hamburgueria), Pepe Taco (mexicana), a Panther Organic Coffee (cafetaria) e da La Sureña Jarras y Tapas (cervejaria mediterrânea) são as cinco marcas detidas pela Restalia. Com a abertura prevista este ano de um espaço La Sureña, Portugal será “o primeiro país no mundo, depois de Espanha, com todas as cinco marcas da Restalia no mercado.”
Em média, a abertura de um espaço da rede ronda um investimento na ordem dos 200 mil euros. Desde 2020, que a rede tem um modelo de franchising, o Neurorestauração, “com uma maior flexibilidade e melhores opções para os empreendedores e investidores que permite abrir restaurantes franchisados em apenas três semanas, com obras inferiores a 200.000 euros e um modelo de financiamento baseado em renting”, explica a responsável de comunicação.
“Esta proposta nasceu para responder às novas exigências dos consumidores, empreendedores e investidores, constituindo uma nova forma de entender internamente a própria companhia, com processos e modelos de negócio mais flexíveis, ágeis e dinâmicos”, continua. O grupo, diz a responsável de comunicação, dá ainda a “oportunidade de abrir várias franquias ao mesmo tempo”, através do modelo bi-conceito. O mesmo cria “sinergias de custos e rentabiliza o espaço e a oferta. O modelo proporciona o potencial de duas marcas, com o investimento de apenas uma marca e meia”.
“Os franchisados que optarem por esta via podem escolher duas das cinco marcas e combiná-las, podendo selecionar o melhor de cada ementa quando houver pratos semelhantes”, refere. Foi o caso da loja portuguesa, a Panther Organic Coffee + TGB – The Good Burger no Atrium Saldanha, em Lisboa.
Abertura de escritório em Portugal
Os planos da empresa passam igualmente pela abertura de um escritório em Portugal. Mas não só. “Em 2023 a empresa está a planear abrir o seu primeiro escritório em território português e conta ampliar em 50% a sua equipa durante o próximo ano, com colaboradores portugueses, assim como gerar 1.600 postos de trabalho até 2025”, adianta a diretora de comunicação.
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