Rui Vilar poderá ser obrigado a receber salário na CGD
O chairman da Caixa Geral de Depósitos poderá vir a ser obrigado a ter um salário porque as regras europeias e as do banco assim o ditam
Rui Vilar aceitou o cargo de chairman “na condição de não receber vencimento”, mas o banco público está agora a avaliar a obrigação de pagar uma remuneração ao responsável, avança o Jornal de Negócios (acesso pago) na sua edição de segunda-feira.
A comissão de remunerações da Caixa, liderada por Manuel Ferreira de Oliveira, antigo presidente da Galp Energia, está a analisar a questão. E, de acordo com o Negócios, a posição deste órgão é a de que todos os administradores não executivos do banco público devem ser remunerados.
“A presente política de remunerações é aplicável (…) a todos os membros não executivos do conselho de administração da CGD”, diz o documento citado. À luz deste documento e ainda do facto de a política de remunerações da Caixa, aprovada a 31 de agosto, também definir que o cargo de presidente do conselho de administração deve ser remunerado, Rui Vilar, que está no banco público desde 31 agosto (na altura como vice-presidente não executivo de António Domingues), deverá ter de passar a receber um salário.
Uma imposição que vai contra a vontade do próprio que, em entrevista ao Expresso, em novembro, dizia ter aceitado o cargo “por serviço público” e “na condição de não receber vencimento”.
Por outro lado, as regras europeias vão no mesmo sentido. A Autoridade Bancária Europeia (EBA) não prevê a possibilidade de os bancos europeus terem administradores não remunerados: “As instituições devem ser capazes de demonstrar às autoridades competentes que a política e as práticas de remuneração são coerentes e promovem uma gestão de riscos sã e eficaz”.
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