Costa foi a Budapeste convidado pela UEFA. Sentou-se ao lado de Orbán por protocolo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Junho 2023

Por ficar na rota de Chisinau, capital da Moldova, o primeiro-ministro fez escala em Budapeste e assistiu ao encontro que opôs Roma e Sevilha a convite do presidente da UEFA.

O primeiro-ministro justificou esta segunda-feira a paragem na Hungria para assistir à final da Liga Europa, que se realizou a 31 de maio, ao lado do homólogo húngaro, Viktor Orbán. Em comunicado, António Costa indica, através do seu gabinete, que fez escala em Budapeste, quando estava a caminho de Chisinau (Moldova) para participar na II Cimeira da Comunidade Política Europeia, aproveitando assim o convite do presidente da UEFA para assistir ao jogo.

Tendo concluído atempadamente os seus compromissos oficiais em Portugal, e situando-se Budapeste na rota para Chisinau, o primeiro-ministro teve oportunidade de fazer uma escala nessa cidade, correspondendo ao convite que lhe tinha sido endereçado pelo presidente da UEFA para assistir ao jogo da final da Liga Europa”, lê-se na nota.

António Costa respondeu ainda às críticas por ter assistido ao jogo na tribuna de honra ao lado do primeiro-ministro da Hungria, apontando que se tratou do “tratamento protocolar” por parte da UEFA e que “mantém, naturalmente, relações de trabalho” com Viktor Orbán.

Como noticiou o Observador na sexta-feira, a deslocação a Budapeste não constava na agenda pública do chefe de Governo. O Presidente da República chegou a confirmar, em declarações à RTP, que teve conhecimento prévio da paragem de António Costa em Budapeste para assistir à final da Liga Europa, mas alegou que o primeiro-ministro queria “dar um abraço a José Mourinho”, treinador português atualmente no Roma.

No sábado, Marcelo Rebelo de Sousa disse não ver qualquer “problema político específico” na escala do primeiro-ministro na Hungria, sublinhando que os dois países são aliados na União Europeia. “A Hungria é um estado da UE. [Viktor Orbán] é um primeiro-ministro da UE. Podemos concordar ou discordar dele nas migrações, na política económica e social e em muita coisa, mas faz parte do grupo de países que são nossos aliados naturais na UE”, afirmou.

(Notícia atualizada às 12h47)

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