Arranca este mês o programa de apoio à contratação jovem “Avançar”
Em maio, 70.500 jovens portugueses estavam desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 18,6%. É mais do triplo da registada para os adultos.
O programa de apoio à contratação jovem “Avançar” arranca este mês, com o principal objetivo de atingir 25 mil jovens com contrato permanente e salários de, no mínimo, 1.330 euros. Em maio, 70.500 jovens portugueses estavam desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 18,6%. É mais do triplo da registada para os adultos.
O anúncio da data de início do programa foi feito pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, no último dia de maio, durante a audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão.
“Temos de garantir as condições necessárias para atrair e fixar talento. Esta tem de ser uma guerra de todos nós, e, por isso, esta é uma medida forte, com o objetivo de apoiar a contratação dos jovens”, afirmou no final de março, à saída da reunião da concertação social, na qual apresentou o programa aos parceiros sociais.
Defendendo que as medidas vão ao encontro daquele que “deve ser um objetivo comum e transversal — o trabalho digno, valorizado e emprego sustentado, não precário” — Ana Mendes Godinho disse ainda que estão “totalmente alinhadas” com as alterações ao Código do Trabalho (CT), no âmbito da Agenda do Trabalho Digno.
O que prevê o programa
O apoio às empresas no âmbito deste programa pressupõe que o jovem profissional tenha um contrato permanente e um salário base igual ou superior a 1.330 euros, sendo ainda atribuída uma bolsa mensal de 150 euros paga pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) durante um ano. As empresas que contratem jovens sem termo podem, assim, receber um financiamento de entre 8,6 mil euros e 12,4 mil euros, acrescidos de descontos às contribuições.
O programa Avançar tem como objetivo atrair e reter o talento dos jovens qualificados, através da promoção de vínculos laborais mais estáveis, de salários mais altos e da criação líquida de postos de trabalho de jovens qualificados.
Desemprego jovem é mais de três vezes superior ao desemprego entre adultos
Em maio, 70.500 jovens estavam desempregados no país, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 18,6%. O valor traduz-se numa subida de 0,5 pontos percentuais (p.p.) face a abril e de 0,1 p.p. relativamente ao período homólogo.
A taxa mais do que triplica a registada para os adultos, que, em maio, se situou nos 5,5%. No caso dos adultos, a taxa compara com os 5,6% de abril e com os 5,2% de maio de 2022. Em maio, havia 268.100 adultos em situação de desemprego.
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