Trabalhadores da Casa da Moeda rejeitam nova proposta e reivindicam aumentos de 80 euros
Os trabalhadores não só rejeitaram as propostas da administração, como apresentaram uma contraproposta, "que foi de um aumento salarial de 80 euros”.
Os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INMC) rejeitaram esta quinta-feira uma nova proposta da administração, para aumentos de 64 euros, e apresentaram uma contraproposta, para uma atualização de 80 euros, disse à Lusa Ricardo Neves, do SITE-CSRA.
Depois de vários plenários realizados na quarta-feira, os sindicatos reuniram-se com a gestão da INCM para “rejeitar as propostas que a administração fez”, nomeadamente uma inicial “de 60 euros de aumento salarial, mais um abono único de 200 euros” e a segunda proposta “de um aumento salarial de 64 euros, sem abono único”, destacou o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA).
“Fizemos cinco plenários, e os trabalhadores, de uma forma esmagadora, não só rejeitaram estas duas propostas, como apresentaram uma contraproposta, que comunicamos hoje, que foi de um aumento salarial de 80 euros”, adiantou Ricardo Neves. A proposta dos representantes dos trabalhadores passa assim de 100 euros para 80 euros, sendo que ficou marcada uma reunião na quarta-feira, dia 19 de julho, para conhecer a resposta da administração.
O dirigente sindical disse que a gestão da INCM está a tentar “misturar a atribuição de subsídios com aumentos salariais”, tendo em conta que houve um subsídio de mobilidade em 2022, mas o aumento salarial, no ano passado, “foi de 0,9%”, recordou. Em 2020 e 2021 não houve aumentos salariais na empresa, assegurou, realçando que a empresa registou lucros de 22 milhões de euros no ano passado.
“É nesse contexto, com esta perda de poder de compra, que surge a proposta de 100 euros”, explicou, assegurando que pretendem “procurar um acordo o mais depressa possível”. A ICNM conta com perto de 730 trabalhadores em Lisboa, Porto e Coimbra, segundo Ricardo Neves.
Entre as principais funções da INCM estão a produção de documentos como o cartão de cidadão ou o passaporte, a cunhagem de moeda, a autenticação de metais preciosos, a edição do Diário da República e a publicação de obras da língua e da cultura portuguesa.
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