Bolsa de Lisboa atinge máximos de um ano
Há três cotadas a ganhar 10%: CTT, Mota-Engil e Pharol. Com isto, PSI-20 esquece a Jerónimo Martins a negociar sem dividendo e dispara para máximos de mais de um ano.
Maio pode ter arrancado com o pé esquerdo para a bolsa de Lisboa, que abriu esta terça-feira penalizado pela Jerónimo Martins a negociar sem dividendo. Ainda assim, o resto da manhã e o início da tarde revelaram forte apetite comprador da parte dos investidores na praça nacional ao ponto de atirar o PSI-20 para máximos de mais de um ano.
O principal índice português avança 1,56% para 5.112,19 pontos, tratando-se do patamar mais elevado desde março de 2016. São sobretudo dois grandes disparos na bolsa que atiram o PSI-20 para este máximo anual: os CTT somam 9,9% para 5,76 euros, depois de ter apresentado receitas com distribuição de correio postal acima do esperado; e a Mota-Engil pula 11,61% para 2,61 euros com a duplicação do dividendo a dar aos acionistas.
CTT dão cartas
Também a Pharol dá expressão aos ganhos na primeira sessão lisboeta em maio: a antiga PT SGPS avança 12,71%.
À exceção da Galp, Jerónimo Martins, Montepio e Novabase, todas as restantes 15 cotadas negoceiam em alta.
No caso da petrolífera, o desempenho em baixa de 0,46% para 14,20 euros acontece depois de ter apresentado uma quebra do lucro para os 99 milhões de euros. Já a retalhista dona do Pingo Doce cede 1,9% para 16,53 euros com o ajustamento que ocorre no preço da ação com o desconto do dividendo.
Lisboa põe assim cobro a duas sessões de quedas consecutivas numa altura em que os principais mercados internacionais continuam a celebrar marcas históricas, como foi o caso da praça tecnológica Nasdaq, que fixou este segunda-feira um novo máximo intradiário em Wall Street.
No Velho Continente, o Stoxx 600 apresenta-se em alta de 0,5% para os 388,72 pontos, negociando no nível mais alto em mais de dois anos. Em Frankfurt, Madrid e Milão, os ganhos rondam os 0,7%.
“Depois do impacto inicial com a vitória esmagadora de Macron com os investidores a sentirem-se otimistas na continuidade da UE, os mercados passaram por uma fase mais corretiva, mas espera-se agora que retomem a tendência altista e que se aproximem dos máximos atingidos depois da primeira volta das eleições em França“, refere João Tenente, gestor de ativos da corretora XTB.
Outro sinal de maior confiança dos investidores vem do mercado do ouro, com a onça a desvalorizar 0,3% para 1.252,96 dólares, mantendo a forte correção que evidenciou ao longo do mês de abril, depois de os riscos geopolíticos terem impulsionado o metal amarelo — a valorização do ouro acontece quando os investidores procuram refúgio em ativos considerados mais seguros em tempos de maior incerteza.
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