Expectativa de consumo dos europeus baixa para mínimos de março de 2022

Há mais de um ano que as expectativas de consumo das famílias da Zona Euro não era tão baixa. Além disso, os consumidores continuam a antever uma contração do PIB na região nos próximos 12 meses.

O impacto da inflação nos orçamentos das famílias europeias está longe de passar. Segundo o inquérito mensal do Banco Central Europeu (BCE), divulgado esta terça-feira, as expectativas de consumo dos europeus para os próximos 12 meses encolheram de 3,5% em maio para 3,4% em junho, para o nível mais baixo desde março de 2022. Esta tendência é transversal, sendo sinalizada quer pelos mais jovens (18 a 24 anos) quer pelos mais velhos (55-70 anos).

O inquérito do BCE revela que, no último ano, os consumidores antecipam que os seus gastos tenham aumentado 6,7%, face aos 6,8% antecipados em maio. Ao mesmo tempo, antecipam que o seu rendimento nominal aumente 1,2% nos 12 próximos meses — as expectativas estão em linha com o registado no mês anterior.

Por outro lado, os inquiridos continuam a antever uma contração da economia da Zona Euro, contudo, as expectativas sobre a evolução económica têm melhorado: se em maio os europeus apontavam para uma contração de 0,7% da economia do espaço da moeda única nos próximos meses, em junho apontavam para uma contração de 0,6%. No que respeita à taxa de desemprego, as expectativas mantêm-se inalteradas, mantendo-se nos 11%.

Quanto à inflação, os consumidores europeus preveem agora uma inflação na Zona Euro mais baixa nos próximos 12 meses, face ao que anteviam em maio. As previsões apontam agora para uma inflação de 3,4% nos próximos 12 meses, face aos 3,9% que eram indicados em maio. De notar que, em junho, a inflação na Zona Euro abrandou para 5,5%. Para os próximos três anos, baixou de 2,5% em maio para 2,3% em junho, ou seja, ainda acima da meta de 2% do BCE. As expectativas sobre a inflação são mais baixas entre os mais jovens do que entre os inquiridos mais velhos.

Quanto aos preços das casas, as expectativas mantêm-se inalteradas, com os consumidores a anteciparem que aumente 2,1% nos próximos 12 meses. Por outro lado, as expectativas em relação às taxas de juro de hipotecas para os próximos 12 meses diminuíram ligeiramente para 5% (contra 5,1% em maio).

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