ON.2 chegou ao fim. Apoiou 600 novas empresas e criou sete mil postos de trabalho
Programa operacional do QREN, que tinha uma dotação de 2,7 milhões de euros, chegou ao fim a 31 de março. O balanço destaca a grande instabilidade financeira e simplificação de procedimentos.
O programa operacional do Norte, referente ao anterior quadro comunitário de apoio chegou ao fim. O resultado? Sete mil empregos criados, 600 novas empresas apoiadas, mais de 500 projetos empresariais de I&DT, 100 novos exportadores, 135 mil alunos beneficiados e 375 novas escolas.
O balanço é da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) que esta terça-feira fez uma cerimónia de encerramento do ON.2, o programa operacional que tinha uma dotação de 2,7 milhões de euros, e que tem agora como sucessor, o Norte2020.
O relatório de execução final, citado pela Lusa, aponta “a grande instabilidade económica e financeira, as alterações ao modelo governativo e questões administrativas como fatores de risco que terão limitado o desempenho dos promotores e a gestão do programa”. “Ainda assim, a adoção de um conjunto de medidas, das quais se destaca o aumento de taxas de financiamento associadas a vários regulamentos, regras de pagamento mais flexíveis e medidas de simplificação de procedimentos, permitiram mitigar os desafios que surgiram“, explica a nota da CCDR-N.
A grande instabilidade económica e financeira, as alterações ao modelo governativo e questões administrativas como fatores de risco que terão limitado o desempenho dos promotores e a gestão do programa.
Para Carlos Lage, o gestor responsável pelo lançamento do ON.2, “as potencialidades da região para se afirmar nos próximos tempos são espantosas”. Mas o responsável, citado pela Lusa, deixou um alerta: “Tudo isto está ameaçado (…) porque paira uma ameaça terrível sobre a União Europeia, sobre a moeda única e sobre os princípios fundamentais da União Europeia (?). Está ameaçado por gente que não tem um ideal e que só pensa nos preconceitos nacionalista e à ascensão a um poder mesmo que seja efémero”.
"Tudo isto está ameaçado (…) porque paira uma ameaça terrível sobre a UE. Está ameaçado por gente que não tem um ideal e que só pensa nos preconceitos nacionalista e à ascensão a um poder mesmo que seja efémero.”
O gestor considera que “o modelo económico e industrial da região [Norte] tem sabido afirmar-se”. No atual quadro comunitário, o Portugal 2020 o Norte já aprovou 3.220 projetos dos quais já contratou 2.920. A taxa de execução está 19%. Uma ideia corroborada por Fernando Freire de Sousa, o presidente da CCDR-N, que defende que “a consciência regional é algo que nunca se pode deixar cair”.
"A consciência regional é algo que nunca se pode deixar cair.”
O presidente da CCDR-N, e gestor do Norte2020, disse tratar-se de um dia para “celebrar o lado positivo da solidariedade”, como referiu, “que a União Europeia presta aos Estados membros” ao disponibilizar verbas e comparticipar obras e elogiou o papel dos presentes, considerando-os “um coletivo importante para salvaguardar que o modelo se possa reproduzir de forma virtuosa”.
O autarca, citado pela Lusa, falava, no novo Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos, distrito do Porto, numa sessão dedicada ao programa operacional do Norte relativo ao anterior quadro comunitário. Com o nome “O Norte somos nós – Rostos de um Novo Norte”, a sessão, que foi presidida pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e na qual foi lançado um livro e inaugurada uma exposição sobre o tema, juntou os responsáveis pelas linhas de candidatura ao quadro anterior, bem como do atual, somando-se representantes das autarquias e de entidades regionais e alguns dos beneficiados com os fundos conseguidos ao abrigo do ON.2.
Matos Fernandes, em jeito de síntese disse que “o Norte é uma região mais preparada para o que aí vem” e desafiou os candidatos e responsáveis pelo Norte 2020 para que “façam deste novo ciclo de fundos um sucesso”.
"O Norte é uma região mais preparada para o que aí vem.”
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