Aposta nos Certificados de Aforro volta a afundar em julho
Certificados de Aforro captaram apenas 390 milhões de euros em julho, o valor mais baixo num ano e menos 85% do que vinha a ter antes de o Governo ter cortado a remuneração deste produto.
A aposta nos Certificados de Aforro voltou a afundar em julho: captaram apenas 390 milhões de euros no passado mês, o que representa uma quebra de 85% em relação à média dos primeiros cinco meses, ou seja, antes de o Governo ter cortado a remuneração deste produto de poupança.
Já em junho, mês em que foi lançada a nova Série F com uma taxa de juro mais baixa, as famílias aplicaram “apenas” 670 milhões, menos 70% do que em relação a maio, marcando o fim de uma autêntica corrida aos certificados que chegou a assustar os bancos por conta das saídas massivas de depósitos.
Julho, naquele em que foi já o segundo mês após o corte na remuneração, trouxe um novo afrouxamento na procura, com as novas aplicações nos Certificados de Aforro a atingirem o valor mais baixo do último ano. Os 390 milhões captados no mês passado ficam 85% abaixo da média mensal de 2,58 mil milhões registada entre janeiro e maio.
Os dados revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal mostram que os portugueses têm investidos 33,6 mil milhões de euros nos Certificados de Aforro, mais 13,9 mil milhões do que tinham no final do ano passado.
Certificados do Tesouro em queda há 21 meses
Em relação aos Certificados do Tesouro, que já também tiveram outro brilho no passado, perderam dinheiro pelo 21.º mês consecutivo: foram menos 216 milhões em julho para um total de 12,1 mil milhões.
Contas feitas, as famílias confiam ao Estado cerca de 45,7 mil milhões de euros das suas poupanças. Visto de outra forma, cerca de 16% da dívida pública está nas mãos dos particulares, sendo que Portugal é mesmo dos países onde as famílias tem mais peso no financiamento do Estado
(Notícia atualizada às 12h06)
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