TAP passa de prejuízo a lucro de 22,9 milhões até junho e antecipa segundo semestre “intenso”

Companhia aérea lucrou 22,9 milhões de euros até junho, depois de ter perdido mais de 202 milhões nos mesmos seis meses de 2022. CEO antecipa segundo semestre "intenso".

A TAP lucrou 22,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, depois de, nos mesmos seis meses do ano passado, ter sofrido um prejuízo de 202,1 milhões de euros, anunciou a companhia aérea num comunicado. O líder da TAP antevê um segundo semestre “intenso” e diz que as reservas estão em “valores consideráveis”.

É a primeira vez que a TAP dá lucro num primeiro semestre, destaca a nota, onde a empresa explica que “este bom resultado” se alicerça “no forte crescimento das receitas operacionais”. Ascenderam a 1,9 mil milhões de euros, mais 44,3% do que no primeiro semestre de 2022, um “aumento relevante” de 600 milhões de euros em absoluto, sublinha a companhia.

Citado no comunicado, Luís Rodrigues, CEO da TAP, comenta que estes resultados “reforçam a tendência sustentada de melhoria comercial e financeira” da empresa, “atingindo um excelente desempenho”. “As margens operacionais e o trajeto de desalavancagem, acima das metas do plano de restruturação, provam a sustentabilidade financeira do grupo num momento crítico da nossa história”, acrescenta o gestor.

Mesmo assim, segundo Luís Rodrigues, “ainda há um longo caminho a percorrer”: “Envolver cada vez mais os trabalhadores, gerir o histórico de reclamações e melhorar as operações têm sido a nossas principais prioridades, o que já nos permitiu capitalizar no período de verão.”

O gestor antecipa também um segundo semestre robusto para a TAP: “A procura continua forte, com as reservas para os próximos trimestres a atingirem valores consideráveis, indiciando um segundo semestre intenso, para o qual a TAP estará preparada”, assume.

[Os resultados do primeiro semestre] provam a sustentabilidade financeira do grupo num momento crítico da nossa história.

Luís Rodrigues

Presidente executivo da TAP

TAP transportou 7,6 milhões de passageiros

Ultrapassados os principais constrangimentos da Covid-19, a TAP transportou 7,6 milhões de passageiros entre janeiro e junho, o que significa um crescimento de 30,2% face ao mesmo período de 2022. A empresa ressalva que o número representa 96% “dos valores alcançados em 2019”, o ano antes do surgimento da pandemia. O número de voos operados subiu quase 18% face ao ano passado e atingiu 89% dos “níveis pré-crise”, acrescenta.

Em termos financeiros, a TAP fechou o primeiro semestre com o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) a crescer quase 48%, para 345,2 milhões de euros, suportado no referido crescimento das receitas. A margem de EBITDA aumentou 0,4 pontos percentuais, para 18,1%, segundo informação disponibilizada pela TAP.

Ao nível das despesas, os custos operacionais da TAP também aumentaram, crescendo 35% e atingindo 1.781,8 milhões de euros.

A companhia aérea recorda, por fim, que, no primeiro semestre, reembolsou uma emissão de obrigações no valor de 200 milhões de euros. Ainda assim, “mantém uma posição de liquidez forte de 899,7 milhões de euros”.

“Esta robustez financeira resultou numa melhoria significativa do rácio Dívida Financeira Líquida/EBITDA no final do primeiro semestre de 2023, atingindo um nível de 2,5x, uma melhoria notável em relação ao rácio de 3,5x registado no final de 2022. Este facto demonstra a gestão financeira disciplinada e a tomada de decisões prudentes da TAP, proporcionando também segurança aos investidores”, conclui a empresa.

Estes são os primeiros resultados da TAP apresentados por Luís Rodrigues, que assumiu o cargo de presidente executivo a 12 de abril de 2023. O período ainda abrange parcialmente a gestão anterior, liderada por Christine Ourmières-Widener.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h11)

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