UE deve combater “falsa narrativa antiocidental” da Rússia

  • Lusa
  • 18 Setembro 2023

Michel advertiu para os perigos de "um mundo bipolar [que trará] uma maior fragmentação" e defendeu, em vez disso, um mundo multipolar e uma vontade política "que trarão mais prosperidade".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu na semana de encontros ao mais alto nível na ONU, em Nova Iorque, que a União Europeia deve combater a “falsa narrativa antiocidental” que a Rússia está tentar disseminar.

Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, Charles Michel disse que a União Europeia (UE) “tem consciência de que tem de combater” essa narrativa que classificou como “falsa” e deu como exemplo o facto de a UE ser o principal financiador da ajuda ao desenvolvimento no terceiro mundo.

Michel referia-se ao discurso oficial russo que, desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, se apresenta contra o Ocidente e, para tal, utiliza determinados conceitos para conquistar a opinião de alguns países africanos e latino-americanos, como culpar o colonialismo europeu de tudo ou rejeitar qualquer ingerência dos países ocidentais nos assuntos internos dos outros Estados.

São os países africanos –e ultimamente, também o Brasil – os que, na ONU, estão a distanciar-se do discurso ocidental e a assumir frequentemente uma posição de suposta neutralidade em relação à Rússia e ao Ocidente.

A esse respeito, Michel advertiu para os perigos de “um mundo bipolar [que trará] uma maior fragmentação” e defendeu, em vez disso, um mundo multipolar e uma vontade política “que trarão mais prosperidade, mais segurança e mais previsibilidade” aos diferentes conflitos em curso no mundo.

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