Lidl com impacto de 3,1 mil milhões de euros na economia nacional

De forma direta e indireta, a cadeia contribuiu o ano passado para a criação e manutenção de 85.100 postos de trabalho em Portugal, segundo estudo da KPMG para a marca.

O Lidl teve no ano passado um impacto de cerca de 3,1 mil milhões de euros na economia nacional, representando 1,3% do PIB. A cadeia de supermercados contribuiu ainda para a criação e manutenção de 85.100 postos de trabalho em Portugal, mais 25 mil do que no ano anterior. Em oito anos, a insígnia gerou quase 20 mil milhões de euros para a economia, aponta o “Estudo de Impacto Socioeconómico”, da KPMG para a marca, apresentado esta sexta-feira.

O retalhista alimentar teve no ano passado um impacto de cerca de 3,1 milhões de euros (cerca de 1,3% do PIB) na economia portuguesa, um crescimento de 19% face ao período homólogo — altura em que gerou 2.610 milhões de euros de riqueza — e que representou 1,2% do PIB nacional desse ano.

Do impacto económico total do Lidl Portugal em 2022, mais de metade (58%) corresponde à contribuição direta da cadeia através do pagamento a fornecedores, de salários e impostos, 17% é relativo ao impacto indireto da atividade dos seus fornecedores e 25% do efeito multiplicador da atividade da empresa. Por cada euro investido pelo Lidl foi gerado um impacto de 1,73 euros na economia portuguesa, aponta a empresa.

‘Agricultura, caça e serviços relacionados’ (30% da riqueza gerada), ‘Produção alimentar’ (23%%) e a ‘Construção de edifícios’ (9%) são os três setores mais impactados ao nível da criação de riqueza.

O setor agrícola é assim o principal beneficiado, tendo o retalhista alimentar já revelado o impacto estimado ao nível das exportações. Em finais de junho, um estudo da KPMG apontava que no ano passado o Lidl tinha exportado — isto é, enviado para outras lojas da cadeia em 29 mercados onde o retalhista alemão está presente — cerca de 130 milhões de euros de produtos nacionais, tendo tido um impacto, direto e indireto, de 245 milhões de euros na produção nacional, mais 12% do que no ano anterior. A cadeia retalhista contribuiu ainda para cerca de 5 mil empregos, um aumento de 8% em termos homólogos.

Globalmente, desde 2014 até ao ano passado, o contributo da cadeia para a economia nacional ronda os 20 mil milhões de euros, tendo nesse período a contribuição para o PIB português registado um crescimento de 92% e uma CAGR (taxa de crescimento anual composto) de 9%, aponta o estudo da KPMG.

Mais 25 mil postos de trabalho

O estudo realizado pela consultora revela ainda o impacto da cadeia ao nível do emprego. Só no ano passado, contribuiu, direta e indiretamente para a criação e manutenção de 85.100 postos de trabalho, mais de 25.000 postos do que face ao ano anterior. “Por cada posto de trabalho criado pela empresa, foram criados 9,7 novos empregos no país”, aponta a cadeia. Desde 2014, regista uma subida anual média de 12%.

No que toca à criação de emprego o maior impacto, à semelhança da geração de riqueza, faz-se sentir novamente no setor da ‘Agricultura, caça e serviços relacionados’ (53% do emprego gerado) e no da ‘Produção alimentar’ (16%) surgindo a ‘Produção de bebidas’, com 5% do emprego gerado, na terceira posição.

Há 28 anos em Portugal, com uma rede de mais de 270 lojas, o Lidl tem cerca de 9.000 colaboradores, tendo vindo a expandir a sua rede de lojas. Em março, a empresa anunciou um investimento de 110 milhões de euros na construção de um centro logístico em Loures, criando mais de 200 postos de trabalho. O entreposto tem abertura prevista para segundo trimestre de 2024. Rede tem em curso um processo de expansão para a Madeira.

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