Desemprego recua ligeiramente em agosto para 6,2%
Desemprego recuou em cadeia em agosto. Embora a descida tenha sido ligeira, caiu para mínimos de outubro de 2022. Já o emprego estabilizou entre julho e agosto.
Depois de ter estabilizado durante dois meses, o desemprego recuou em agosto. Mas a descida foi ligeira, mostram os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. No oitavo mês do ano, a taxa de desemprego fixou-se em 6,2%, abaixo dos 6,3% verificados no mês anterior. E apesar desse recuo não ter sido expressivo, levou o indicador em causa a mínimos de outubro de 2022. Já o emprego manteve-se num valor idêntico ao registado em julho.
“A taxa de desemprego, que se situou em 6,2%, registou um valor inferior ao de julho e ao de maio de 2023 (0,1 pontos percentuais e 0,2 pontos percentuais, respetivamente), e superior ao de agosto de 2022 (0,2 pontos percentuais)”, sublinha o INE esta manhã. “É o valor mais baixo desde outubro de 2022, quando foi de 6,1%”, destaca o gabinete de estatísticas.
Apesar dos níveis elevados da inflação e das demais pressões a que estão sujeitos atualmente os empregadores, o mercado de trabalho tem mostrado resiliência.
Assim, depois de logo no início do ano ter aumentado, em fevereiro o desemprego inverteu a tendência. E nos meses seguintes, esse indicador não parou de recuar, até que em julho estabilizou em 6,3%. Já em agosto voltou às quedas em cadeia, deu conta o INE esta manhã.
Desemprego recuou para mínimos de outubro de 2022
Fonte: INE
No total, no oitavo mês do ano, havia 326,7 mil pessoas desempregadas em Portugal, menos 2,2% do que em julho e menos 3,4%. Ainda assim, desemprego continua a superar o cenário verificado há um ano. A população desempregada aumentou 3,9% em termos homólogos em agosto.
Quanto à população empregada, o gabinete de estatísticas indica que no mês passado havia 4.948 mil pessoas nessa situação, mais 0,1% do que no mês anterior e mais 1,3% do que há um ano. A taxa de emprego fixou-se em agosto em 64,3%, valor idêntico ao registado em julho.
Contas feitas, com a população desempregada a encolher de modo significativo e a população empregada a aumentar de forma menos expressiva, a população ativa caiu 0,1% face a julho para 5.274,6 mil indivíduos. “A diminuição da população ativa resultou do decréscimo da população desempregada (7,2 mil; 2,2%) ter superado o acréscimo da população empregada (2,9 mil; 0,1%)”, salienta o INE. Em comparação com o valor registado há um ano, a população ativa aumentou 1,5%.
Já a população inativa aumentou 0,2% em cadeia para 2.414,8 mil indivíduos, o que é explicado “essencialmente, pela variação do número de outros inativos (7,2 mil; 0,3%)”, explica o gabinete de estatísticas. Convém explicar que nos outros inativos, estão os indivíduos que, não tendo emprego, não procuram um posto de trabalho, nem pretendem encontrar uma nova posição e aqueles que, mesmo procurando, não estão disponíveis para abraçar uma nova oportunidade nas duas semanas seguintes.
Em agosto, acrescenta ainda o INE, a taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,5%, valor inferior ao do mês anterior (0,1 pontos percentuais) e igual ao de agosto de 2022. “Não era tão baixa desde outubro de 2022 (11,4%)”, realça o gabinete de estatísticas.
(Notícia atualizada às 11h42)
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