Portugal é o terceiro país da Zona Euro com a maior subida do preço das casas em 2023

Este ano, as casas acumulam uma subida de 4,5%, enquanto na Zona Euro os preços corrigiram 0,8%. No espaço da moeda única, só a Croácia e a Letónia registaram maiores subidas dos preços que Portugal.

A crise da habitação não é uma realidade apenas em Portugal. Entre 2010 e o segundo trimestre de 2023, o preço das casas entre os Estados-membros da Zona Euro registou uma subida de 40% (cerca de 2,7% por ano) e as rendas aumentaram 19% (cerca de 1,9% por ano), segundo dados do Eurostat divulgados esta terça-feira.

No mesmo período, os preços das casas em Portugal dispararam 93% (cerca de 5,4% por ano) e as rendas aumentaram 33% (2,3% por ano). Estes números colocam Portugal na sétima posição entre os países da Zona Euro com maior aumento do preço das casas desde 2010 e na décima posição do ranking dos países do euro com maior aumento das rendas.

No entanto, ao contrário da maioria dos países da Zona Euro, que começam agora a registar correções nos preços das habitações e a observar um abrandamento das rendas, os preços das casas em Portugal continuam a aumentar e as rendas sobem a um ritmo acima dos níveis da média da Zona Euro.

Só no primeiro semestre deste ano, os preços das casas subiram 4,81% no território nacional. No espaço da moeda única, com um aumento mais expressivo que Portugal, só a Croácia e a Letónia, com aumentos de 5,6% e 4,96%, respetivamente.

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Segundo dados do gabinete de estatísticas da União Europeia, entre janeiro e junho, os preços das casas na Zona Euro contabilizaram uma contração de 0,8%, contando-se já 12 Estados-membros com correções nos preços das habitações. Entre os mais visados estão o Luxemburgo e a Alemanha, que desde o início do ano registam uma queda de 6,85% e 4,33% dos preços das casas.

No mercado de arrendamento, enquanto as rendas em Portugal aumentaram 2,81% no primeiro semestre, na Zona Euro assistiu-se a uma subida média de 1,66%, segundo dados do Eurostat. Apesar de os números não serem tão expressivos, sobretudo quando comparado com as subidas de 9,74% e 8,72% das rendas em Malta e na Letónia neste período, a particularidade do mercado de arrendamento do Porto e de Lisboa tornam estas cidades em locais de difícil acesso para grande parte da população.

“Lisboa continua a ser inacessível para muitos, uma vez que é a segunda cidade com preços mais elevados na Europa para apartamentos”, refere a HousingAnywhere, a maior plataforma de alojamento de aluguer do mundo para expatriados, jovens profissionais e estudantes internacionais.

“Tanto o Porto como Lisboa registam aumentos de preços elevados para os quartos, com um aumento trimestral de 5,9% e 5,3%, à medida que os estudantes esforçam-se por encontrar alojamento a preços acessíveis antes do início da universidade”, revela a HousingAnywhere num comunicado.

Segundo esta plataforma de arrendamento, a renda mediana de um quarto em Lisboa é de 600 euros, mais 5,3% do que no último trimestre e até 33,3% mais elevado do que há um ano; e, no Porto, o preço mediano é 450 euros, mais 5,9% face ao segundo trimestre e mais 12,5% do que há um ano.

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