Portugal perde terreno na competição global pelo talento, mas continua à frente de Espanha
Portugal é o 27.º país mais competitivo do mundo em termos de talento, segundo o índice elaborado pela escola de negócios INSEAD. Desceu uma posição face ao último ano.
Portugal perdeu competitividade a nível mundial no que diz respeito aos recursos humanos. Entre os 134 países analisados pela escolha de negócios INSEAD, Portugal surge na posição 27.º, uma posição abaixo do último ano, mas acima de países como Espanha e Itália. Já a Suíça mantém-se como o país mais competitivo do mundo ao nível do talento.
“Suíça, Singapura e Estados Unidos mantêm firmemente as suas posições de liderança como os países mais competitivos do mundo em termos de talento“, sublinha a INSEAD, na edição deste ano do seu índice global de competitividade de talento.
As demais posições do top 10 são ocupadas, nesta edição, pela Dinamarca, Holanda, Finlândia, Noruega, Austrália, Suécia e Reino Unido.
Quer isto dizer que os países europeus continuam a ser os mais competitivos, no que diz respeito ao talento. Aliás, entre os 25 países mais bem qualificados, 17 são do Velho Continente, nota o INSEAD.
Mais abaixo, no 27.º lugar surge Portugal, com uma pontuação de 61,6 pontos. E apesar de ter melhorado na sua pontuação, o país cai um lugar no índice global, já que em 2022 ocupava a 26.º posição neste índice.
Entre os vários critérios analisados pelo INSEAD, é na atração que Portugal sai melhor na fotografia. Considerando apenas este ponto, ocupa o 16.º lugar do ranking, estando em destaque a abertura portuguesa a migrantes e minorias.
Já as competências técnicas e vocacionais são o critério com o pior desempenho do país (48.º posição), o que se deve, nomeadamente, ao peso dos trabalhadores com o ensino secundário.
Na nota divulgada esta terça-feira, a INSEAD realça ainda que os Emirados Árabes Unidos subiram da 25ª para a 22ª posição, nesta edição do índice global. Em contraste, o Japão saiu da lista dos 25 primeiros, substituído pela Coreia do Sul (24ª).
Seis previsões sobre o futuro do talento
Na edição deste ano do índice global de competitividade de talento, o INSEAD aproveita também para fazer seis previsões sobre o futuro dos recursos humanos. São seis “mensagens-chaves” sobre a realidade do talento em 2033.
“A competitividade de talentos vai tornar-se ainda mais importante como elemento crítico de competitividade, inovação e soft power geopolítico para nações, cidades e organizações”, começa por destacar a escola de negócios.
Ao mesmo tempo, a competição por talentos ficará ainda “mais acirrada”, isto é, “haverá uma crescente guerra de talentos“.
Outra das previsões é que o mundo do trabalho será ainda mais transformado, “impulsionado pela evolução das expectativas das gerações mais jovens, pelos novos modelos económicos e pelas tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial”.
Mais, a qualidade de vida e a sustentabilidade serão os principais ativos para aqueles que aspiram a se tornar centros de talentos. E as políticas globais centradas em talentos “serão cruciais para aproveitar o potencial humano e tecnológico para um mundo melhor, mais sustentável e igualitário”.
Por outro lado, a INSEAD prevê que as habilidades e a educação continuarão a ser “ferramentas vitais para capacitar os trabalhadores para fazerem contribuições significativas para economias e sociedades”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Portugal perde terreno na competição global pelo talento, mas continua à frente de Espanha
{{ noCommentsLabel }}